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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

Herança no Detran

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publicado em 10/06/2011 às 09h16

O assunto me chegou a partir de preocupação do deputado Aníbal Marcolino (PSL). Diligente como sempre, o parlamentar abordou-me lamentando a decisão do Governo excluir as agências lotéricas do rol dos recebedores de pagamentos do Detran e obrigar o contribuinte a ter que quitar seus débitos com as agências do PAG Fácil.

De pronto, concordei que a medida realmente era antipática, porque tirava do consumidor o direito de utilizar as lotéricas, o que já vinha tradicionalmente acontecendo dada à penetração desses estabelecimentos por todo o Estado.

Procurei de imediato entrar em contato com o superintendente do Detran, Rodrigo Carvalho, a quem questionei sobre o assunto. Para minha surpresa, doutor Rodrigo concordou com o atento deputado da Oposição e me explicou por quê.

A mudança é fruto do contrato 60/2010, firmado entre o Detran e o Banco do Brasil na gestão Maranhão III e que começou a vigorar em 17 de dezembro do ano passado. O convênio transformou ficha de compensação em guia de arrecadação, alteração que limitou o recebimento ao Banco do Brasil ou correspondentes.

O superintendente concordou que a alteração traz sim prejuízos ao cidadão, tanto que vem contribuindo para o crescimento da inadimplência. “Já estamos revendo esse e outros contratos”, garantiu-me doutor Rodrigo. Agora é esperar que o atual Governo se apresse e livre o usuário do Detran de tão maléfico acordo. Afinal de contas, doutor Aníbal, essa é daquela herança que não deixa feliz nem o mais abnegado herdeiro.

Avarento –
Em poder da coluna documento que mostra aquele figurão narcisista tentando deserdar uma sobrinha. E olhe que ele tem dinheiro até pra fazer sabão! Volto ao tema.

Solvente –
Dizem que o prefeito de Mulungu, José Leonel, inaugurou na ágora paraibana nova obra dissolvente: o calçamento “sonrisal”. Nada haver com as ligações do viaduto.

É pra desmoralizar –
O que aconteceu ontem no Bairro dos Novaes, em João Pessoa, fragiliza o discurso de qualquer aparato de segurança pública. De dentro do presídio do Róger, o traficante Alexandre Neguinho, da tal Al Qaeda, mandou desalojar três famílias, cujos integrantes e desafetos foram executados nos últimos dias. Um escárnio à Polícia da Paraíba.

Barril de pólvora –
No mesmo Bairro dos Novaes, ontem, ex-alunos invadiram armados uma escola estadual à procura de um estudante com o qual haviam discutido na noite anterior. Por sorte, o alvo não estava na escola. Antes da chegada da PM, os marginais fugiram. A pé.

O que a lógica manda –
Fatos como os aqui relatados deveriam, no mínimo, obrigara Secretaria de Administração Penitenciária apurar a comunicação desse bandido de dentro da cadeia e a Secretaria de Segurança a ocupar a comunidade e proteger seus moradores.

Sem paz –
Quem estuda à noite na periferia pessoense tem enfrentando um ‘sufoco’. As escolas estão dominadas pelo tráfico, denuncia o vereador Benílton Lucena (PT).

Vem de longe –
Em entrevista ao Correio Debate (rádio), o ex-presidente da Assembléia, Arthur Cunha Lima, revelou que suspeitava de grampos na Casa desde sua reeleição.

Na esportiva –
“Não posso falar. Eu não entendo de espionagem, minha filha”. Brincadeira do prefeito Agra em resposta à intrépida repórter Pollyana Sorrentino (Correio Sat).

Fragilidade –
Pertinente à observação do procurador Oswaldo Trigueiro. O Caso do Grampo na Assembléia traduz certa vulnerabilidade dos poderes. Um perigo à vista.

No ar –
“Os números não mentem. Tem algo errado”. Sinceridade do deputado Hervázio Bezerra (PSDB) ao boicote de parte da bancada governista às sessões.

Decepção –
A deputada Daniella Ribeiro (PP) tentou explicar a mudança de conceito sobre Ricardo. “Fui uma das primeiras entusiastas e uma das primeiras a me decepcionar”.

De brinde –
Marcus Odilon mostrou porque é um “semideus” em Santa Rita. Os beneficiados com as 100 casas entregues pela Prefeitura ganharam poços e água de graça.

Ungido –
Nem José Bernardino, nem o secretário Nonato Bandeira. O presidente da Lotep, Fábio Carneiro, deve ser eleito, por consenso, o novo presidente estadual do PPS.

Renda –
À coluna, o deputado Anísio Maia disse que apresentou 64 emendas de aplicação simples, mas com potencial de influenciar a agricultura familiar paraibana.

Desmantelo –
O Ministério Público em Sousa divulga hoje relatório explosivo de inspeção às creches da região. A promotora Ana Carolina ficou estarrecida com o que viu.

PINGO QUENTE – “Eu não tenho medo”. Frase proferida em coro ontem por Sandra Marrocos, Raoni Mendes, Durval Ferreira e mais uma “tuia” de políticos sobre os grampos.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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