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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

E o povo?

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publicado em 15/06/2011 às 08h12

No ambiente parlamentar, onde se conversa desde o republicano até os assuntos mais inconfessáveis, o discurso da Oposição até serve como argumento para justificar a ausência em plenário com a provocação: “Vocês não são maioria”?

Mas duvido que essa ironia pegue bem para os deputados oposicionistas diante do eleitor paraibano que votou esperando do parlamentar o cumprimento de obrigações e prerrogativas do mandato, ratificado perante o juramento antes da diplomação.

É esta ponderação que a Oposição precisa fazer. Para o cidadão, este argumento não vale. Assim como os governistas precisam ter compromisso e comparecer ao Parlamento, os oposicionistas têm obrigação redobrada porque são os que mais cobram ações e gestos do Governo.

Quem cobra precisa fazer o dever de casa. E a Oposição não está fazendo. Se furtar a votar matérias de interesse coletivo ou barrar colegas para impedir quórum de votação pode até ser legítimo do ponto de vista regimental, mas não na ótica da razão.

A Oposição que atribui a recessão no Estado às demissões e cortes feitos pelo Governo, não pode ser a mesma que boicota o Empreender, cujos investimentos despejarão R$ 20 milhões na economia local. Até porque, embora o Código de Ética não proíba, certas contradições soam quase igual à quebra de decoro. O do bom senso.

Índices  –
Na ágora paraibana só se fala na pesquisa contratada em Brasília pelo deputado Manoel Júnior (PMDB). Por alguma razão, não interessa a divulgação do resultado.

O que será? –
Aliás, por falar nisso, a rejeição do vereador Fernando Milanez (PMDB) à candidatura de Manoel Júnior é originária do ponto de vista conceitual ou pessoal mesmo?

Apelo do governador
Diante de novo boicote da bancada oposicionista, o governador Ricardo Coutinho fez ontem um apelo aos deputados. “Peço que coloquem na frente o interesse da população”. Ricardo pediu que, independente de concordar ou discordar dos projetos, a Assembléia cumpra sua função legislativa e aprecie as matérias.

Branco e o grito de alerta –
O deputado Branco Mendes (DEM) não se fez de rogado quando precisou alertar o Governo da necessidade da bancada aliada também bater o ponto e fazer sua parte. “O Governo precisa chamar a atenção de sua bancada aqui na Assembléia”.

Faltou uma mãozinha –
É difícil acreditar que houve deputado oposicionista com capacidade de barrar a entrada de colega governista no plenário da Casa. Como também é presumível imaginar que se alguém foi barrado, não fez lá muito esforço para suplantar a barreira.

Na frente –
Aliados do deputado Frei Anastácio acreditam que, diferente dos outros cargos, na próxima semana deve sair a nomeação do novo superintendente do Incra.

Mão dupla –
Revelação de um petista de muitas estrelas. A superintendência da Funasa deve ficar sob o controle do PSB em comum acordo com o deputado Luiz Couto (PT).

Via Embratel –
Quem estava ao lado de Luciano Agra (PSB), ontem, em Gramame, teve um susto quando o prefeito atendeu certa ligação, substituindo o alô por: “Diga Zé”.

Mais lógico –
Antes de propalar novas adesões, o deputado Edmilson Soares (PSB) bem que poderia ajudar o Governo a pelo menos garantir os votos que já estão na base.

Trânsito –
A Prefeitura de João Pessoa incluiu no projeto de mobilidade urbana intervenções no nos trechos do Castelo Branco, Hospital Universitário e Bancários.

Violência –
“Minha mãe mora lá e eu não posso visitar”. Desabafo de um ex-morador da comunidade Bola na Rede, de João Pessoa, no Correio Debate (rádio).

Nova Camará –
O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, pode arranjar uma brecha na agenda e desembarcar sexta-feira na Paraíba para autorizar obras hídricas.

Lona? –
Por que será que alguns peemedebistas e consagrados porta-vozes e só vêem na figura do ex-governador Cássio a possibilidade de interrupção do projeto socialista?

Procura-se –
Quem tiver no acervo “É nóis”, de Cheiro de Menina, avise ao prefeito de Coremas, Edilson Pereira (PR). O homem anda procurando a música como uma jóia rara.

Ao bel prazer –
Até o ex-chefe do Departamento de Trânsito de Bayeux, Philemon Sena, vê ilegalidade na forma do prefeito Jota Júnior (PMDB) “sortear” praças de táxi no aeroporto.

PINGO QUENTE – “Até Michel Temmer foi mais carinhoso”. Do vereador pessoense Mangueira, que enquanto contabiliza desprezo em nível estadual estaria recebendo afagos nacionais.

 

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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