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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

Superavaliação

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publicado em 28/06/2011 às 09h16

O mais forte argumento sacado pela Oposição na Assembléia se espatifou. O presidente do Creci, Rômulo Soares, que deu mote ao discurso contra a permuta foi o mesmo que ontem meteu a mão no freio e refez a intempestiva avaliação.

A instauração de uma comissão do órgão para avaliar de forma acurada o terreno da Acadepol foi uma forma elegante e correta do dirigente da respeitada instituição assumir o equívoco e a precipitação que substanciou os parlamentares da Oposição.

É uma maneira singela de admitir o evidente exagero de aquilatar em R$ 135 milhões o valor de mercado daquele terreno, quando corretores com atuação em Mangabeira estimam em no máximo R$ 30. Não custa nada reparar o erro. Nesse aspecto, o presidente do Creci está sendo humilde, característica nobre do ser humano.

O problema é que o gesto tira a base encontrada pela Oposição para obstaculizar o negócio. Além do mais, o Projeto de Lei enviado pelo Governo obriga o beneficiário da permuta a pagar ao Estado o dobro da diferença dos terrenos a serem avaliados pela Suplan, com supervisão da Caixa e Ministério Público.

Continuo achando que o Governo errou pela economia de dados e informações e por jogar essa discussão para o último dia de trabalho legislativo, entretanto, a forma atabalhoada não ofusca o conteúdo e as vantagens da transação. A Oposição deve exigir transparência, mas não tem o direito de ser empecilho apenas para marcar posição.

Cautela –
Após o recuo do Creci, o deputado Luciano Cartaxo (PT) adotou postura mais comedida. “Não somos contra. Só não vamos votar no escuro”.

Vitamina –
Há quem garanta: atuando em nome do Shopping Iguatemi, operadores estariam e$timulando determinados setores contrários à permuta.

Wilson Filho e a distância do radicalismo –
Não é só pela herança do estilo “vaselina” do pai que o estreante Wilson Filho tem caracterizado o 1º mandato pelo perfil mais light do que o tradicional. Ele segue dica ouvida no último almoço do presidente com os caciques do PMDB. “Radicalismo não leva a nada”. Palavras de Lula no ouvido de Wilsinho. E Lula entende do assunto.

Longe dos olhos, perto do coração  –
Rômulo Gouveia (PSD) não cogita o assunto publicamente, porém figura de proa do campinismo é capaz de apostar que o vice-governador levita quando ouve falar na sucessão em Campina Grande, mas guarda o sentimento no cantinho do coração.

PSD, incômodo e dúvidas –
Gouveia contestou as tentativas de setores do PSDB e DEM de desacreditar o novato PSD e estancar a onda de filiações. “Qual é a forma que eles encontraram para tentar desestabilizar: colocando dúvidas. A única forma de reagir é se incomodando”.

Convergência –
O que o senador Cícero Lucena, o ex-senador cearense Tasso Jereissati e Aldenor Holanda, empresário da construção civil, têm em comum?

Me dê motivos –
Sobre os boatos da ida do deputado Manoel Júnior para o PSC, o presidente estadual do PMDB, Antônio Souza, não vê razões para migração.

Na lista –
Toinho lembrou que Manoel Júnior está entre os nomes a serem avaliados na pesquisa que vai definir o candidato peemedebista em João Pessoa.

Ruído –
Em reunião para definição do novo presidente do PDT pessoense, o vereador Geraldo Amorim e Chico Franca tiveram áspera discussão.

Novo e “velho” –
O ex-prefeito discordou do nome de Amorim e reivindicou o critério da antiguidade. Amorim tascou um “ultrapassado” nas contra-razões.

Na briga –
Do bloco de Oswaldo Trigueiro, o promotor Bertrand Asfora entrou no páreo na eleição do MP, pregando que a instituição precisa continuar avançando.

Revoltado –
O deputado Genival Matias (PT do B) chama de lobby a torcida do ex-senador Efraim Morais pela vitória de Dinaldo Wanderley (PSDB) no TSE.

Pleito antigo –
Lideranças comunitárias do Mutirão, em Campina Grande, cobram da Cagepa a instalação da rede de esgotos, prometida há três décadas.

Renda –
Balanço preliminar aponta que o Salão do Artesanato, promovido pelo Governo no São João de Campina Grande, gerou R$ 500 mil em vendas.

Trocadilho –
O vereador João dos Santos (PR) adoeceu para dar saúde ao suplente Sales Dantas, que faz plano de assumir na Câmara da Capital esta semana.

PINGO QUENTE – “Quero convidar vocês para o meu casamento”. Do ex-prefeito de Itaporanga, Antônio Porcino, ao vivo, no Correio Debate-TV, para surpresa dos apresentadores Helder Moura e Ruy Dantas.

*Reprodução do Correio da Paraíba
 

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