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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

Tempo de plantar

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publicado em 02/07/2011 às 10h23

O governador Ricardo Coutinho tem três anos e meio para botar em prática o que a Paraíba espera dele desde o momento que o paraibano ousou a acreditar no discurso da mudança e no salto prometido no guia eleitoral e nos palanques.

É até natural que a cobrança a Ricardo seja bem superior em relação aos outros ocupantes do Palácio. Se o crédito dado nas urnas em outubro passado foi muito grande, a paciência de quem apostou nesse projeto é pequena e exige resultados pra ontem.

Para começo de conversa, o primeiro dos oito semestres pode ser considerado regular. Não dá pra fazer um governo de ruptura colhendo os resultados no processo da semeadura. E é por esse estágio que a Paraíba está passando.

O Governo iniciou o preparo do arenoso terreno, promovendo o equilíbrio fiscal, e encontrou pela frente vários declives, especialmente na relação conflituosa com o servidor. Não há fórmula de plantar, sem arar a terra.

Paralelamente, a gestão socialista semeou. Destravou obras, deu continuidade a convênios dos antecessores e distribuiu sementes próprias, como o Empreender, o Orçamento Democrático e o Pacto pelo Social, que podem germinar mais na frente.

Friamente, só se pode esperar a tão aguardada colheita dos frutos a partir do próximo ano. Pra quem assistiu décadas de plantação perdida, resta a esperança nesta nova lavoura. E não pode faltar ao lavrador o adubo para fertilizar esta terra.

É pau –
Em síntese. A Oposição critica o Governo Ricardo porque as três áreas mais cruciais (saúde, educação e segurança) estariam mal das pernas.

É pedra –
A base governista considera prematura qualquer avaliação, acha que é preciso mais tempo e aposta na superação das dificuldades desta fase.

Maranhão avalia 1º semestre de Ricardo –
A visão do ex-governador José Maranhão (PMDB) sobre os seis meses da atual gestão é simplista. Maranhão fez um rosário de críticas ao governador, com destaque para o corte de gratificações e a redução do quadro de pessoal do Estado. Esquece que o inchaço não era culpa nem dos contratados nem do atual Governo.

Pisando em ovos –
Em Campina Grande, questionado pelos jornalistas, Maranhão desconversou sobre suas pretensões políticas na eleição do próximo ano em João Pessoa. Também pudera. Bem ao lado estava o deputado federal Manoel Júnior (PMDB), ouvindo tudo atentamente.

Afagos de Temer –
Na visita ao São João de Campina, o vice Michel Temer se derramou em elogios ao ex-governador José Maranhão. “Maranhão é uma prioridade dentro do PMDB”. Temer só temeu explicar porque até Geddel Vieira foi nomeado e nosso conterrâneo nada.

Na coletiva –
A imprensa campinense ficou na bronca. Uma grade separava o vice dos poucos repórteres que conseguiram se aproximar da “jaula”.

Rompimento –
O cientista político Gustavo Tavares, da UFPB, classificou o Governo RC de gerencialista. “Ele não enveredou pelo populismo”.

Confraria –
Pelos cálculos do experiente advogado Marcos Pires, o STF levará dois anos para julgar a denúncia acatada contra o senador Cícero Lucena (PSDB).

Cruz –
Se a previsão se concretizar, Cícero chegará a 2012 com uma espada na cabeça. Nem é culpado, mas também não terá o atestado de inocência.

Extrato –
Há um mês, bandidos arrombaram o caixa eletrônico do BB da secretaria de Saúde de João Pessoa, mas o pavio da notícia não detonou.

Passe livre –
“Respeitaremos a decisão de Tavinho”. Do ex-deputado Dunga Júnior demonstrando o grau de interesse do PTB na permanência do vereador.

Acordo… –
O suplente Carlos Dunga (PTB) revelou à coluna que acordo feito com o senador Cícero Lucena, em 2006, não vem sendo cumprido.

…Quebrado –
Quando abdicou de disputar a reeleição na Câmara, Dunga recebeu a promessa de que Cícero tiraria uma licença no Senado, anualmente.

Sobremesa –
A propósito, Dunga almoçou esta semana com o ex-governador Cássio e jura que não degustaram nada sobre a candidatura de Cícero na Capital.

A última –
Pelo andar da carruagem, o vereador Sérgio vai ter que encher muito o SAC da Justiça, se quiser o mandato de volta na Câmara de João Pessoa.

PINGO QUENTE – “Estamos só paquerando”. Do presidente estadual do PTB, Armando Abílio, sobre a reconciliação com o Governo, que, pela química atual, não terá clima para lua de mel.

*Reprodução do Correio da Paraíba

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