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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

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publicado em 11/07/2011 às 08h16

Antes que a novela da permuta da Acadepol prossiga com a divulgação da avaliação do terreno, marcada pelo Creci para às 11h de hoje, algumas questões devem ser levadas em consideração nessa elástica polêmica.

Primeiro. Se os interlocutores da Oposição defendem uma licitação ou concorrência pública é porque deve haver outros empresários interessados no negócio. E por que não tornar público os nomes dessas respectivas empresas?

Segundo. Se há realmente outros conglomerados dispostos a investir na capital paraibana, por que estes não procuram o Governo, manifestam este interesse e pleiteiam condições semelhantes ao que Roberto Santiago apresentou?

Terceiro. Qual outro grupo dispõe de um grande terreno a oferecer para que nele o Governo construa a nova Acadepol e os outros equipamentos que, conforme anunciado, a Segurança Pública planeja edificar em João Pessoa?

Quarto. Se faz tempo que o Grupo Iguatemi pretende instalar um shopping em João Pessoa, que teria impedido o Governo Maranhão III de incentivar, facilitar ou oferecer atrativos para garantir a vinda da nova rede?

Por último. Por que os porta-vozes escalados por João Claudino não assumem a condição de representantes dos interesses do Grupo piauiense nessa discussão. De forma clara, aberta e transparente, como se tem cobrado do Governo, com todo direito?

Prerrogativa
Apesar de atuar no ramo imobiliário, o Creci não é o órgão apropriado técnica e eticamente para oferecer laudo preciso de avaliação de imóveis.

Atribuição –
Qualquer literatura comum ao tema assevera: os profissionais tecnicamente preparados para esse tipo de parecer são os engenheiros e arquitetos do CREA.

Exemplo elementar –
Todas as instituições financeiras (Caixa, Banco do Brasil, BNDES e outros) que utilizam com freqüência avaliações imobiliárias mantêm em seus quadros estruturas específicas constituídas por engenheiros, arquitetos e agrônomos, pela necessidade de haver fundamentação técnica, transparência e validação de suas conclusões.

Natureza especulativa –
Sempre que a questão da competência vem à tona, os especialistas colocam o fator ético no debate. O corretor, por sua conduta de conciliar interesses que resultam no próprio ganho (comissões), é naturalmente parte interessada no processo transacional.

Tentativa frustrada –
Projeto de Lei 2992/2008, do deputado Vander Loubet (PT-MS), tentou emplacar a avaliação como prerrogativa extensiva ao corretor de imóveis. A propositura foi arquivada, por unanimidade, pela Comissão do Trabalho, antes de ir ao plenário.

Em via de adesão –
Deu na coluna de Heraldo Nóbrega (heraldtribuna.com.br). Armando Abílio (PTB) sorri quando perguntado se é autor da frase: “Sou governo congênito”.

Caminho aberto –
A retirada de Diogo do páreo e o apoio público de Cássio na convenção do PSDB eram os sinais que o deputado Romero Rodrigues esperava…

Sem medo…  –
Em contato com a coluna, a juíza Lúcia Ramalho diz não se incomodar com as críticas contra sua decisão de prender a presidente do Ipep, Maria da Luz.

…De cara feia –
“Eu já tenho 20 anos de magistratura. Estou agindo dentro da lei. No caso do Ipep, não se respeitou um plano de carreira dos servidores”, argumentou.

Reaparição –
Aos poucos, o ex-governador Maranhão vai ressurgindo na cena política. Sábado, ele abençoou o casamento de Antônio Porcino, em Itaporanga.

Por 10 dias –
“Isso prova nossa sintonia. Não cogitamos qualquer mudança de rumo”, garantiu Johana Estrela, vice que assume a Prefeitura de Sousa hoje.

Antes de ser expulso –
O ex-prefeito de Cajazeiras, Léo Abreu, não esperou tempo ruim, pegou o embalo e também renunciou a sua filiação no PSB de Ricardo.

Apaixonados IV; réplica –
O leitor Eudes Soares da Rocha Junior ([email protected]) contacta à coluna para se referir ao Projeto Condomínio Cidadão, tema de ontem.

“Agrado” –
“Esse sistema funciona bem porque cada Condomínio paga mensalmente pela colaboração dos policiais do Posto mais próximo…”.

Quem não tem? –
“… Ora, tudo seria perfeito se não esbarrássemos num ponto. O policial já é pago pelos cofres públicos. E quem não pode pagar”, indaga Eudes.

PINGO QUENTE – “Meu dentista aconselhou repouso geral”! Do senador Cícero Lucena falando da cirurgia bucal que lhe “livrou” de engolir sapos na presença dos tucanos que beijam a flor do girassol.

 

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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