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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

Terceirização

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publicado em 15/07/2011 às 09h05

O secretário de Saúde, Waldson Souza, rejeita o termo terceirização, utilizado pela Oposição, para desqualificar a pactuação firmada entre o Governo e a seccional da Cruz Vermelha, de Porto Alegre (RS), na gestão do Trauma de João Pessoa.

O ex-secretário José Maria de França não. Pelo contrário, o qualificado auxiliar do ex-governador José Maranhão vai além. Ele vê na terceirização a saída não somente para o Trauma, mas para os problemas da saúda pública do país.

Em conversa demorada com a coluna, o ex-secretário revelou ter visitado durante o Governo Maranhão III vários hospitais do Brasil que adotaram a terceirização. Viu alguns casos desastrosos, mas garantiu que a maioria é formada por resultados exemplares e dignos de aplausos dos pacientes e familiares.

Os bons exemplos levaram o então secretário a estudar seriamente a possibilidade de implantar o modelo na Paraíba. Por várias razões, alheias a sua vontade, não conseguiu implementar a idéia ainda no governo passado.

E qual é a vantagem da terceirização, perguntou o colunista. “Primeiro, você acaba a ingerência política. A economia é de cerca de 20% em relação à gestão puramente governamental e ainda melhora a resolutividade”, responde o sanitarista.

Técnico reconhecido, Zé Maria, defensor da terceirização da saúde, faz apenas uma ponderação, baseado nos exemplos do país afora. O êxito depende da Organização Social escolhida e dos termos do contrato. Detalhes que o Governo não pode descuidar.

Castas –
Zé Maria não revela hoje, até por uma questão de ética, mas ele próprio sofreu boicotes e teve que enfrentar o corporativismo de certas categorias no Trauma.

Cooperativas –
Na gestão passada, o doutor José Carlos de Freitas, diretor do Hospital, precisou engrossar o pescoço para enfrentar motim de um grupo de anestesistas.

Sobre as denúncias –
No Correio Debate (rádio), o representante da Cruz Vermelha, Edmon Silva, negou ontem ser alvo de denúncias feitas contra a direção da Unimed Caxias (RJ), instituição na qual trabalhou. Descartou também qualquer envolvimento em irregularidades atribuídas a direção da instituição médica fluminense.

Pra funcionar –
A Cruz Vermelha quer botar em atividade um tomógrafo Multslice, de 16 canais, equipamento dotado de tecnologia de ponta, encontrado parado no depósito do Trauma, além de outros aparelhos caríssimos. Juntos valem cerca de R$ 2,3 milhões.

Oxidou –
O ex-secretário José Maria de França garantiu que o equipamento foi comprado no final do Maranhão III. Além deste, frisa Zé Maria, há outro aparelho idêntico no depósito, adquirido no Maranhão II, mas danificado por falta de uso no Cássio I e II.

Cutucando –
Pela manhã, o deputado Luciano Cartaxo (PT) provocou: “O prefeito Luciano Agra está leiloando a vice. Estão oferecendo a Deus e ao diabo”.

Flashback –
Ao meio dia, no Correio Debate, Luciano Agra (PT) cantou de galo: “Ele esqueceu que foi nosso líder. Agora cospe no prato que comeu”.

Em Brasília –
O deputado Anísio Maia (PT) escalou um petista para catalogar denúncias contra a Cruz Vermelha. “Pelo o que eu vi, essa Cruz não tem nem cor”.

A Cruz –
Vereadores da Oposição de Caaporã observam com atenção o ex-deputado Rodrigo Soares (PT) com sua lupa apontada para a Cruz Vermelha…

E os espinhos –
… Ao tempo que analisam dossiê com denúncias capazes de fazer o prefeito João Batista, pai de Rodrigo, baixar na UTI. Do TCE. Volto ao tema.

Baú –
José Ivonaldo, novo presidente, que abrir a caixa preta da Associação dos Servidores do Judiciário, comandada há tempos pelo mesmo grupo.

Tércio –
Nem João Henrique (DEM), nem Adriano Galdino (PSB). O pacificador Raniery Paulino defende o governista Janduhy Carneiro (PPS) na CCJ.

Conselho –
Na opinião do deputado Guilherme Almeida (PSC), Veneziano não pode se deixar ser fustigado a antecipar a eleição. “Não é pra dá bola”.

Batendo asas –
Depois de João Gonçalves, Hervázio e Luiz Flávio, outros históricos aliados, Vera e Potengi Lucena, voaram do ninho do senador Cícero Lucena.

Correria… –
Deusdete Queiroga, da Cagepa, e o secretário João Azevedo, despacharam ontem no almoço do Cassino. Só divergiram na hora de pagar a conta.

PINGO QUENTE –
"Ninguém pode dizer dessa água não beberei". Do secretário do PSDB, João Fernandes, que já testemunhou
Ronaldo e Maranhão juntos e Cícero Lucena e Cássio jurando
irmandade eterna.

*Reprodução do Correio da Paraíba
 

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