Mulher tem peito. E não é mulher exatamente por ter peito. O motivo é outro. Mulher é mulher porque tem coragem. Mulher sem peito não deixa de ser mulher porque não tem peito… Questão de gênero.

Mulher tem vulva. E não é mulher exatamente por ter vulva. O motivo é outro. Mulher é mulher porque é viva. Mulher sem vulva não deixa de ser mulher porque não tem vulva… Questão de identidade.

Mulher tem filho. E não é mulher exatamente por ter filho. O motivo é outro. Mulher é mulher porque tem falha… Mulher sem filho não deixa de ser mulher porque não tem filho… Questão humana.

Porque ser mulher não tem relação nenhuma com as fenotipias estereotipadas. Porque ser mulher não tem proximidade alguma com as cobranças sociais. Porque ser mulher transita entre as identidades sociais e as identificações comportamentais.

Este domingo é marcado pelo Dia Internacional da Mulher. Não é Dia do Peito. Não é Dia da Vulva. Nem Dia do Filho. E um presente bacana para este domingo é tratar qualquer mulher de acordo com suas percepções identitárias e bandeiras de libertação (sendo feminista ou não!!!!!!!!!).

Quer presentear? Quer presentear mesmo?  Dê o direito à opinião. Dê o braço a torcer. Dê atenção. Dê o melhor de si mesmo para que o melhor do outro seja evidenciado. Pelo menos neste domingo, seja mais mulher (mesmo que você já o seja…).

Quer presentear? Dê-se amplitude sobre as percepções do outro. Porque mulher também é sovaco cabeludo. Também é sutiã queimado e direito de se queimar com qualquer coisa…

Porque mulher pode não usar batom. Pode sim não ter o sonho da maternidade e pode escalar seu time na Copa… Porque mulher também é força. Mulher também é pau… Porque mulher pode o que bem entender. E é mulher quem quer…