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Confiança do consumidor cai em fevereiro na PB

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publicado em 06/03/2015 às 13h31
atualizado em 06/03/2015 às 10h32

Pelo segundo mês consecutivo, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Região Metropolitana de João Pessoa caiu, registrando uma retração de 4,54% em fevereiro de 2015 em relação ao mês anterior.  O índice passou de 109,97 pontos em janeiro deste ano para 104,97 em fevereiro. O ICC é um dos termômetros da economia por indicar a disposição das pessoas a consumirem, o que mantém diversos setores econômicos aquecidos.

A escala de pontuação que mede a confiança do consumidor varia de 0 a 200, na qual acima de 100 pontos indica otimismo e abaixo disso, pessimismo. Na comparação anual, de fevereiro deste ano com o mesmo mês de 2014, o ICC apresentou uma queda de 4,76% passando de 110,22 para 104,97 pontos.

“Este desempenho negativo do nível de confiança do consumidor paraibano pode ser atribuído, em parte, à situação econômica atual do país, marcada pelo baixo crescimento econômico, manutenção da tendência de alta dos juros e aumento da inflação”, aponta o Presidente da Fecomércio Paraíba, Marconi Medeiros. Além disso, o início de 2015 foi marcado pelos reajustes de alguns preços administrados, como: gasolina e tarifas de energia elétrica, água e esgoto, IPTU e transporte público, além dos gastos com material e matrículas escolares que comumente ocorrem nesta época do ano.

Na análise por sexo, a pesquisa revelou que a queda da confiança entre as mulheres (-4,70%) foi maior do que entre os homens (-4,30%). Com relação à renda, os consumidores com rendimentos entre cinco e sete salários mínimos foram os que apresentaram maior baixa (-5,16%). Já no que condiz à escolaridade, aqueles com Ensino Superior registraram maior retração na confiança, com -5,44%. Por estado civil, os consumidores casados ou em regime de união estável foram os que tiveram a maior baixa (-5,67%).

O ICC é composto por dois subíndices: o Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA), que mede a confiança do consumidor em relação à sua situação atual; e o Índice de Expectativa do Consumidor (IEC), que calcula o sentimento do consumidor em relação à sua situação futura. Neste mês, tanto o ICEA quanto o IEC influenciaram, negativamente, o nível de confiança do consumidor com quedas de 2,94% e 5,94% respectivamente.

Com relação à situação atual, a parcela de consumidores que avaliaram como “melhor” a situação familiar, passou de 31,37% em janeiro para 24,16% em fevereiro de 2015, registrando uma queda de 7,21p.p. Entre os quesitos sobre a situação futura da família, diminuiu o número de entrevistados que a avaliaram “como melhor”, atingindo 31,99% em fevereiro quando em janeiro foi 47,54%, redução de 15,55p.p. Também caiu a parcela de pessoas que se sentiram “seguros” em relação à estabilidade de seu emprego para os próximos três meses, saindo de 55,78% em janeiro para 50,66% em fevereiro.

A pesquisa foi realizada nos dez primeiros dias do mês com cerca de 400 entrevistados escolhidos de forma aleatória na Região Metropolitana de João Pessoa, em pontos de maior concentração de consumidores. A sondagem tem por objetivo fazer um diagnóstico de informações econômicas construídas a partir de respostas sobre as condições correntes e futuras esperadas pelos consumidores em níveis micro e macroeconômicos.

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