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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

Rio ruim

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publicado em 22/07/2011 às 10h14

Todos os nascidos neste chão chamado Paraíba só podem estar pagando pelos pecados dos nossos ancestrais. Não deve haver outra explicação lógica, racional ou convincente para explicar uma sentença tão perpétua como a nossa, condenados a vivermos sob a custódia da pequenez política.

Quando sonhamos com a ilusão de avanço nas relações logo metemos a cara na parede da involução. A Paraíba debaixo d’água e nossos ilustres gestores e representantes cada um para um lado tentando mostrar serviço, quando o momento exige união. Se não política, que fosse ao menos cristã e humana.

Mas isso é pedir demais por aqui. Nem o pandemônio causado pelas chuvas foi capaz de unir bancada federal e Governo numa pauta comum em busca de socorro no Palácio do Planalto. O governador se reúne com ministros e fala com a presidente, enquanto parlamentares de Oposição deflagram operações paralelas.

Se tivéssemos o mínimo de maturidade, assistiríamos Ricardo, Santiago, Vitalzinho, Manoel, Cícero, Aguinaldo, Couto, Feliciano, Romero, Wellington, Efraim e Wilson Filho, Hugo, Ruy, Benjamim e Nilda pedindo pelos desabrigados. Juntos.

Gesto que poderia ter partido do próprio governador. Desprendimento que nada custaria se tivesse nascido da bancada. Mas estamos na Paraíba, “rio ruim”, na tradução dos sábios povos indígenas. 426 anos depois, paira a dúvida: quando batizaram estas terras, os índios deram um nome ou jogaram uma praga?

Destempero – O ex-deputado Major Fábio (DEM) se envolveu em ríspido bate-boca com o funcionário de uma concessionária em João Pessoa.

Estopim –
O rapaz inventou de oferecer um serviço instantes depois do militar chegar na loja para reclamar de um serviço mal feito. A explosão foi grande.

A língua afiada do “baixinho” na Paraíba –
Em entrevista exclusiva ao repórter Écliton Monteiro, do Correio Debate (rádio), o deputado Romário (PSB-RJ) manteve o estilo polêmico. Primeiro contrariou a opinião nacional ao dizer que o Brasil não é o celeiro de jogadores que tanto se propaga. “Neymar e Ganso estão longe de serem craques. São bons jogadores”.

Humor, ironia e altruísmo –
O “baixinho” descartou interesse de virar treinador de futebol, caminho natural dos ex-campeões, após a política. “Eu não suportaria um Romário”, brincou o ex-jogador, que veio à Paraíba se colocar á disposição do Governo do Estado no combate às drogas.

Gol de placa – Bastidores à parte, Romário surpreende positivamente no seu mandato. Quando a mídia nacional apostava a que ele não passaria de mais uma celebridade fútil no Congresso, o ex-goleador dá exemplo em assiduidade e se engaja nas lutas de interesse coletivo.

Vazio – Por que a Oposição que denunciou cerca de 20 mil demissões se surpreende com o afastamento de 50 prestadores de serviço do Trauma?

Critério –
Em nota, o Governo diz que só foram afastados os servidores sem disponibilidade, conforme a Cruz Vermelha já havia alertado.

Lista –
Até onde a coluna conseguiu apurar, o Sindicato dos Médicos não identificou nenhum integrante da categoria entre os demitidos do Trauma.

Cálculo  –
O Governo planeja criar novas regras do repasse do duodécimo. O presidente do TJ, Abraham Lincoln, reagiu. “Espero que isso seja revisto”.

Emprego –
O governador Ricardo tratou ontem com Jurandir Santiago, presidente do BNB, da instalação de empresas de apoio à Fiat (PE) na Paraíba.

Criminalidade –
Veruska, filha do ex-deputado Biu Fernandes, foi baleada ao sair de um posto de saúde em Tambaú. Mais uma vítima da violência em João Pessoa.

O principal –
“Falta apenas decisão política”. Conclusão do senador Vital Filho (PMDB), aliado do Planalto, sobre o sonhado ramal da Transnordestina.

Prática abusiva –
Lei do vereador Olímpio Oliveira (PMDB), de Campina, desobriga o consumidor a lacrar bolsas e sacolas na entrada dos estabelecimentos.

Despercebido –
Judivan Rodrigues (29), representante comercial atropelado domingo por uma Hylux, foi outra vítima fatal do trânsito na Capital. O motorista fugiu.

Demorou… –
Gasolina e álcool já voltaram a subir na Capital. “Vamos aos postos ver as notas fiscais pra saber o que houve”, avisa Sandro Targino (Procon-JP).

PINGO QUENTE – “É uma reação natural do mercado”. Do secretário do Sindipetro, Arlindo Almeida, sobre o novo aumento no preço dos combustíveis em João Pessoa, que tira o motorista do seu “natural”.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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