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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

Viuvez

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publicado em 24/07/2011 às 09h38

O Governo Ricardo ainda está longe de ser o sonhado pelos paraibanos que foram as urnas em 2010 depositar o voto de confiança na proposta da mudança. Está longe inclusive de ser a gestão dos sonhos do governador, segundo ele próprio admite.

Mas também está muito distante de ser o pesadelo que a Oposição e outros setores se revezam com afinco a enfiar na cabeça do povo. Pelo dizer de alguns, quase nos convencemos de um imaginário passado sacro e um presente profano.

Com raríssimas exceções, a maior parte das críticas integra um plano de resistência à realidade. De fato, o maranhismo não estava preparado para a derrota. A glória da vitória era tão certa que a eleição de um político em ascensão contra um governador candidato pela quarta-vez ainda é encarada como “zebra”.

Tudo bem que o saldo da eleição tenha sido sofrido para alguns, mas já deu tempo da ficha cair. Qualquer cidadão livre da doença da paixão política percebe que até esta data há determinados grupos que não engolem a eleição de Ricardo Coutinho.

O ranço chega a tal nível que se persiste no melancólico propósito de se trabalhar pela ingovernabilidade. Na ausência de elementos à reprise da guerra jurídica de 2006, inaugura-se agora uma nova espécie de terceiro turno. O psicológico.

Mesmo que para isso seja preciso fazer de conta que o Governo de hoje foi imposto e não eleito. Nem que seja preciso abraçar a duríssima missão de convencer todos a viver o idêntico pesar particular de quem viu o mundo cair em 2010.

O súdito… –
O deputado Luiz Couto exagerou no cumprimento à ministra Iriny Lopes, em visita ao Palácio da Redenção. Tascou um incomum: “Minha rainha”.

E a realeza –
Mais comedida, a ministra das Políticas para as Mulheres foi elegante, mas preferiu não passar do limite da cortesia. “Diga companheiro”, retrucou.

Mais uma vez, a falta de clareza –
A prerrogativa e a gestão do Trauma de João Pessoa são da Cruz Vermelha, a quem cabe admitir ou demitir, desde que os serviços prestados atendam as expectativas, mas o Governo deveria dizer claramente o número exato de demitidos, o valor da economia e quando e quantas recontratações serão feitas. Se é que existirão.

Deputados e Governo: distância mantida –
Já deu pra sentir que não basta mudar líder e nem chefe do Governo. O esmorecimento da bancada na defesa e até no comparecimento às solenidades permanecem no mesmo nível. Talvez o único “santo” capaz de fazer esse milagre é o próprio Ricardo.

Qual era a diferença? –
Curioso. No Governo Maranhão III, a bancada governista não deixava um ataque passar em branco. Os deputados maranhistas eram abnegados demais ou Maranhão abria mais as torneiras que matavam a sede dos valorizados aliados? Aliás, valorosos.

Quórum –
Gilma Germano (PPS), de Picuí, foi presença solitária na última solenidade do Governo no Palácio da Redenção. Os demais deputados… Viajaram.

Pé de ouvido –
O que tanto conversavam o governador Ricardo e a secretária de Planejamento da Capital, Estelizabel Bezerra, no Palácio, na sexta?

Cuidando da imagem –
A secretária de Comunicação, Marly Lúcio, e a assessora especial, Silvana Cybele, não desgrudam do prefeito Luciano Agra nas solenidades.

Quando não é 9… –
Tem secretário do Governo tão empenhado em se livrar da fama de “pedante” que saudou a mesma pessoa três vezes. No mesmo evento.

Nas nuvens –
O deputado Hugo Motta (PMDB) pegou avião particular em João Pessoa para não perder o Pombal Fest, carnaval fora de época do Sertão.

Psiu! –
Num restaurante, um campinense secretário do Governo confessou a um amigo: “Adoro Campina, mas nunca mais deixarei de ter casa aqui”.

Sonho de consumo –
O vereador pessoense Bruno Farias (PPS) confessa aos mais íntimos aguardar o apoio público do ex-governador Cássio pela sua reeleição.

Calminho –
Em contato com o Portal MaisPB, o ex-deputado Major Fábio (DEM) nega esporro contra um funcionário de uma concessionária da Capital.

Cupido –
As batidas do coração de um notável prefeito paraibano ganharam novo pulsar e pairam agora num meio ambiente muito bem preservado.

Reclamação –
A Casa da Cidadania de Jaguaribe está sem emitir 2ª via de CPF e RG. Nas outras unidades, a lotação incomoda até pecador na fila do céu.

PINGO QUENTE – “Eles estão governando para os ricos”. Do deputado Gervásio Filho (PMDB), argumentando contra a operação que pode culminar na instalação de um shopping no bairro de Mangabeira, zona sul da Capital.

 *Reprodução do Correio da Paraíba

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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