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Nas homenagens a João Pessoa

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publicado em 25/07/2011 às 00h12

Não sou só pessoense. Sou também “pessoísta” por gostar e defender a cidade de João Pessoa.

Nasci quando a cidade já tinha o nome João Pessoa, em homenagem ao grande paraibano cuja morte fez desencadear a revolução de 1930. Defendo, pois, que a cidade continue com o nome João Pessoa. (Seria uma violação à minha identidade dizer, agora, ser natural de uma cidade cujo nome não fosse o do insigne governante paraibano).

Nunca me posicionei perrepista ou liberal. Nunca avaliei qual dessas alianças políticas, naquele passado, tenha mais realizado pela Paraíba. (Interessa-me que a história, a História da Paraíba, seja permanentemente contada a todas as gerações).

Sou de um tempo em que, quando menino, estudante do então Grupo Escolar Raul Machado, do bairro da Ilha do Bispo, participava das solenidades em homenagem a João Pessoa, na Praça que tem seu nome, integrando uma das turmas de alunos (de muitas de nossas escolas) que cantavam o hino que enaltece esse insigne “bravo filho do sertão”. Não me lembro se naquele tempo havia ponto facultativo no 26 de julho para que a praça ficasse – e ficava – cheia de povo! Todavia, a partir dos anos 70, oficializada a liberação do expediente nas repartições públicas, a praça não mais ficou com tanta gente.

Até os anos 80 ainda se tinha a presença de alguns deputados como Nominando Diniz (o pai com o filho) e até governadores. Mas, a última presença do dirigente máximo do Estado, nas solenidades em homenagem a João Pessoa, deu-se em 1992, através de Cícero Lucena, vice-governador no exercício de governador.

Sou admirador da história e do próprio presidente João Pessoa, especialmente pela administração que imprimiu em nosso Estado. Mas, nas solenidades (na Praça que tem seu nome) entendo não caber discursos de discórdia, de referências a atos que tenham sido covardes ou não, muito menos que haja manifestações contra esse ou aquele segmento por posicionamento contrário ao ponto facultativo no 26 de julho, por conceberem que assim as homenagens seriam bem mais participativas. (Também não cabe antecipação desse ponto facultativo).

Por isto, desde quando presenciei um discurso que pessoalmente me constrangeu, tenho me limitado a participar só da missa, mesmo porque já em 1992, quando presidente do CRA/PB, propugnei que, com expediente normal, a missa e a praça contariam com bem mais autoridades e povo… e a Assembléia e a Câmara, assim como as escolas, estariam falando e reverenciando João Pessoa.
 

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