Nessa semana, atendendo ao convite do estimado amigo, Wendell Rodrigues, participei de uma palestra bem casual na Faculdade Maurício de Nassau sobre o novo profissional de jornalismo. Primeiramente, foi muito bom estar na Academia e encontrar os amigos jornalistas, Josival Pereira e Andrea Barros que também participaram do evento, mas, principalmente, porque o ambiente universitário, os alunos e a ânsia pelo saber são fascinantes.

A conversa foi muito produtiva e enriquecedora e, assim como as demais profissões, o jornalista tem a necessidade de se renovar, afinal o mundo tecnológico e, mais ainda a informação, requerem isso. Porém, um novo profissional não se resume às novas tecnologias e seus apetrechos. O novo profissional do jornalismo tem que se reciclar e entender que antes era o único detentor da informação e hoje convive com um leitor participativo que é também agente da notícia, graças à interatividade dos meios. E a tudo isso, não esquecer de acrescentar responsabilidade e ética, utilizando os vários canais, principalmente, hoje, as redes sociais.

E é justamente, nessa facilidade derepassar notícias que entram duas coisas essenciais para mim: o papel formador da Academia e a ética do profissional. O papel formador da Academia é mais fácil de explicar, afinal estudar uma atividade, discutir o mercado de trabalho e compartilhar opiniões abalizadas e sábias é o que todos querem para exercer uma profissão digna, responsável e comprometida com o bem social.Já a ética profissional, essa é bem mais subjetiva e precisa do olhar crítico de todos e de nós mesmos para entender a linha tênue entre informar com responsabilidade ou causar danos, algumas vezes irreparáveis não só para os envolvidos em determinadas notícias, mas principalmente, à carreira do profissional, em como ele será visto e respeitado no meio.

Os alunos têm a seu favor uma coisa louvável à juventude, uma certa ingenuidade que resulta na busca constante de justiça e vontade de consertar. É verdade que a maturidade às vezes, nos tira um pouco desse ímpeto, mas aqueles que conseguem equilibrar esses dois estados de uma mesma vida profissional, com certezatrilharãoo caminho do novo profissional de jornalismo sempre com ética, buscando novos canais para informar, inovando e criando uma sociedade mais próxima do ideal.

Parabéns ao meu amigo, professor Wendell, e aos seus brilhantes alunos!

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