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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

Porto solidão

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publicado em 07/08/2011 às 10h56

Vem do presidente do Comitê em Defesa do Porto de Cabedelo, Márcio Madruga, uma preocupação que poderia tirar o pó do Pacto pela Paraíba, esmorecido após os passos iniciais. Márcio pede ajuda da nossa bancada federal na sensibilização do Governo Federal pela volta dos serviços da dragagem do Porto, interrompidos no começo do mês devido a não renovação do Contrato de Trabalho entre a empresa e a Secretaria dos Portos.

A Enterpa, responsável pelos serviços, teria parado as atividades no Porto paraibano sob a alegação dos prejuízos das condições climáticas. O Comitê não acredita neste argumento. É que uma das dragas que aprofundavam nosso calado está se deslocando para Fortaleza, coincidentemente a terra do secretário dos Portos, Leônidas Cristino. “A propósito, Fortaleza também não estaria no inverno, inclusive com condições climáticas bem mais adversas, como é notório”, questiona desconfiado Márcio Madruga.

Ele emenda com outra pergunta: “Como uma empresa privada de dragagem poderia aceitar derrocar (o material duro/rochas) pelo menos 225 mil m³ de rochas para conclusão total da dragagem, conforme documento da SEP/PR, quando iriam receber do Governo sobre aproximadamente 80 mil m³ apenas, conforme projeto licitado e contratado”?

Ao final, lamenta. “O nosso sonho por um melhor calado para o nosso único porto paraibano se encontra em vias de ficar apenas no grito”. E assim nossos ilustres representantes navegam noutros interesses mais paroquiais e imediatos deixando a solidão que fica e entra nos arremessando contra o cais, feito a canção plangente de Jessé.

Aqui, não –
A Enterpa pleiteia 11% a que tem direito de aditamento da obra, mas a Secretaria Especial dos Portos, que tem status de ministério, simplesmente nega.

Lá, sim –
Enquanto isso, a mesma Secretaria não mede esforços para liberar recursos e mais recursos para os pleitos pernambucanos e cearenses. Pra Paraíba, nem esmolas.

Docas se irmana ao Comitê –
Contactado pela coluna, o presidente da Companhia Docas da Paraíba, Wilbur Jácome, compartilhou da preocupação dos sindicatos portuários. “O futuro da expansão do Porto de Cabedelo depende da conclusão dessa obra. Essa obra não pode ficar inacabada. O Governo Federal não pode esquecer o nosso porto”.

Sonho a ser sonhado –
Wilbur explicou que a obra licitada prevê a dragagem para um calado de 11 metros de profundidade. Após esse processo, o cais seria reforçado e a Companhia trabalharia para chegar aos 14 metros, o atual calado do gigante Porto de Santos.

Começo do problema –
Até onde a coluna captou, o problema teria sido gerado na gestão de Wagner Breckenfeld, que apresentou o projeto à Secretaria dos Portos. O suposto “erro” do projeto resultou na licitação de um valor de retirada menor que o realmente necessário.

Coisas da política –
Os ciceristas agora prospectam com todo empenho o apoio de Cássio na Capital, o mesmo a quem recentemente atribuíam a pecha de traidor.

Pelas beiradas –
Depois de cochichar no ouvido do senador Cícero Lucena, o deputado Toinho do Sopão (PTN) conseguiu o que queria: discursar na festa tucana.

Saia justa –
Pergunta que circulou entre os cassistas. Se Cássio não tivesse agenda em São Paulo, teria que disputar com Maranhão os afagos do senador Cícero na festa?

Intimidade –
Quem viu a desenvoltura dos irmãos Vital na casa de Cícero e Lauremília duvida que o senador tenha clima de votar contra o candidato de Vené em Campina.

Procissão – O governador Ricardo Coutinho circulou entre os fiéis de Nossa Senhora das Neves. Vez por outra, se misturar com o povo faz bem. Ao povo e ao governante.

Pergunta… –
Da leitora Isabel Lopes ([email protected]), corretora de imóveis em João Pessoa sobre a incursão do Creci-PB na controvertida permuta da Acadepol.

De uma corretora… –
“O presidente do CRECI, Rômulo Soares, parece que esqueceu sua função, e caso seja a intenção dele ser candidato procure outro meio para aparecer…”

Pra Rômulo –
“… E não se passar pelo bobo da corte usando a nossa profissão para isto. Há uma pergunta entre nós: quem pediu a avaliação dele”? Rômulo com a palavra.

Proteção –
O vereador Olímpio Oliveira (PMDB), de Campina, quer que os animais abandonados sejam acomodados, vacinados, esterilizados e encaminhados à adoção.

Bombeiro –
O prefeito de Cajazeiras, Carlos Rafael (PTB), tem se empenhado pessoalmente para apagar focos de incêndio contra seu Governo e projeto de reeleição.

PINGO QUENTE – “Fuba condenou João Pessoa e 1930 e foi derrotado”. Conselho do historiador Wellington Aguiar ao vereador Sales Dantas (PR), adepto de um plebiscito sobre a mudança da bandeira da Paraíba.

*Reprodução do Jornal Correio da Paraíba

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