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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

E Cássio?

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publicado em 09/08/2011 às 06h57

Na medida em que se aproxima a passos largos do maranhismo, o senador Cícero Lucena se distancia do ex-governador Cássio Cunha Lima. Pelo menos em tese. Nos tempos de agora, a convivência entre os antagônicos grupos é quase impossível.

Quando Cícero atrai com todas as honras os afagos do ex-governador José Maranhão, inevitavelmente o senador tucano está optando pela costura do apoio do PMDB ao seu projeto em João Pessoa em detrimento do referendo cassista.

Estrategicamente, Cícero acerta. Depois do que passou em 2010, não dá pra ficar refém do grupo Cunha Lima. Os resquícios da eleição passada ainda estão muito presentes e as feridas do que o cicerismo chama de “traição” ainda estão abertas.

Do ponto de vista político e pessoal, Cícero está fazendo o que lhe cabe. As setas das interrogações, entretanto, estão apontadas para a cabeça de Cássio, embora o ex-governador não tenha histórico de passividade ou de aceitar o papel de expectador.

Pragmático, Cássio pode até demorar, mas na hora certa não titubeia em fazer suas escolhas. Por enquanto, assiste o movimento das pedras e evita se imiscuir profundamente nos temas de “bola dividida”. Tem outras prioridades na agenda.

Atento ao cenário, Cássio enxerga o avanço das relações e projetos políticos de Cícero e Maranhão, inclusive com alguns compromissos de 2010 sendo saldados agora. Certamente, uma dobradinha incômoda aos projetos futuros do cassismo. A não ser que Cícero tenha o aval de Cássio. O que é improvável. Ou não?

Rifa –
O deputado Manoel Júnior (PMDB) não passa recibo. Mas qualquer um no seu lugar se sentiria incomodado com os acenos de Zé Maranhão a Cícero Lucena.

Saída –
Resta agora a Manoel Júnior redobrar o diálogo interno pela sua candidatura. Se não quiser ficar refém dos filiados peemedebistas de ilustre sobrenome.

O antigo Ipep, as sentenças e o parecer do leitor –
Registro e-mail de Horácio Ramalho Leite ([email protected]). O advogado se refere às idas e vindas das decisões da Justiça no caso das gratificações dos servidores do antigo Ipep. “Esta sentença transitou em julgado e conforme o Código de Processo Civil é da exclusiva competência do juízo de 1º grau executá-la”.

Refrega em Gilberto Carneiro –
O notável causídico não poupa críticas ao procurador Gilberto Carneiro. “Ele vai à imprensa para destratar a magistrada, tentando confundir a opinião pública de que a mesma descumpriu determinação do Tribunal. Ora, Dr. Gilberto, seja leal…”

Metralhadora de adjetivos –
“… Não distorça os fatos, não minta, não espelhe fraqueza de caráter e diga a verdade. A decisão de um processo não abarca outro, que tramita em outra vara e de outro direito cuida. Tenha respeito pela boa informação. Seja republicano”, vocifera Horácio.

Laços de família –
O ex-deputado Armando Abílio (PTB) saiu em defesa do genro, Alexandre Aguiar, acusado de cobrar propina na Conab, segundo a Revista Veja.

Inocente –
Ex-seminarista, Abílio jura que Alexandre não chegou a receber nada do esquema instalado na Agricultura. “Ele está disposto a fazer uma acareação”.

Expiração  –
Apesar de jovem, o deputado Hugo Motta não embarcou na tese de oxigenação do PMDB. Prefere que o partido se mantenha respirando Maranhão.

Reestreia –
O ex-deputado Ivaldo Morais (PMDB) está decidido. Recomeçará a vida pública pela prefeitura. Não a de Alagoa Nova, onde já tem o filho prefeito…

Ruminando –
Ivaldo, atual chefe de Gabinete de Veneziano, se articula para se candidatar a prefeito da cidade de Matinhas, onde o capim pode contar muito.

Fechado –
O líder do Governo, Hervázio Bezerra (PSDB), anuncia hoje o nome do deputado Adriano Galdino como o indicado para compor a CCJ.

Foi de graça –
Ao MaisPB, o deputado Toinho do Sopão disse que esperou de Maranhão defesa da acusação de venda de apoio em 2010. “Ele não foi homem suficiente”.

Mãos ao alto –
Pelo o que diz Jair Pereira, presidente da Associação dos Mutuários de Crédito Rural, não dá pra saber se o BNB empresta ou assalta agricultores.

PAC II –
O prefeito de Patos, Nabor Wanderley (PMDB), anuncia R$ 30 milhões em obras. Quer fazer um canteiro na cidade e irrigar a eleição de um aliado.

Sessão Especial –
A Câmara de João Pessoa comemorará amanhã, às 10, os 60 anos da Faculdade de Direito da UFPB. A propositura é do vereador Bruno Farias (PPS).

PINGO QUENTE – “Se ele continuar nessa, vai levar outra lapada”. Do deputado Márcio Roberto (PMDB), ameaçando mais petardos contra o colega Gervásio Filho, que não economiza alfinetadas contra o parlamentar de São Bento.


 *Reprodução do Jornal Correio da Paraíba

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