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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

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publicado em 10/08/2011 às 06h30

Você conhece pelo menos uma estrofe do Hino da Paraíba? Eu também não. Aposto que poucos dos leitores possíveis deste singelo espaço não sabem a autoria da letra da canção eleita como o símbolo musical oficial da nossa história.

O desconhecimento não é privilégio de algumas classes. Não tenho dúvidas que poucos políticos paraibanos sequer conseguem cantarolar o refrão do nosso Hino. E isso não representa necessariamente falta de cultura ou despreparo, convenhamos.

A “ignorância” dos paraibanos sobre nosso escudo sonoro se deve a quase nula disseminação dos nossos símbolos. Nem nas solenidades oficiais ouvimos a execução da obra prima de Francisco Aurélio de Figueiredo e Melo, musicada por Abdon Felinto.

A carência leva muitos incautos cidadãos a pensarem que “Meu Sublime Torrão”, do genial Genival Macêdo, é o nosso Hino. Mas esse não é um problema só da Paraíba. Até o difundido Hino Nacional é uma incógnita para 58% dos brasileiros.

Salve, berço do heroísmo/ Paraíba, terra amada/ Via-láctea do civismo/ Sob o céu do amor traçada! No famoso diadema/ Que da Pátria a fonte aclara/ Pode haver mais ampla gema:/ Não há Pérola mais rara!/ Quando repelindo o assalto/ Do estrangeiro, combatias,/Teu valor brilhou tão alto/ Que uma estrela parecias/.

Eis acima um trecho do nosso quase anônimo Hino. Para muitos essa pode ser uma preocupação insignificante. Mas não é. A indiferença e a auto-rejeição aos nossos símbolos (como o caso da bandeira) subsidiam as razões da nossa baixa estima e a sensação de que a Paraíba nasceu para ser cauda e nunca cabeça.

Execução… – Não estou só nesse sentimento. O deputado Hervázio Bezerrra (PSDB) adiantou à coluna que apresentará um projeto de lei para tratar do assunto na Assembléia.

Obrigatória –
Hervázio quer tornar obrigatória a execução do Hino da Paraíba em todas as solenidades oficiais do nosso Estado. “Eu mesmo não sei a letra”, confessa o parlamentar.

O moído do IASS, Gilberto e a resposta  –
O procurador-geral do Estado, Gilberto Carneiro, contacta a coluna em revide as considerações do advogado Horácio Ramalho sobre a atuação da juíza Lúcia Ramalho. “É verdade que a decisão transitou em julgado, mas transitou a favor do Estado, em face do juiz Antônio Eimar ter extinto o processo com julgamento de mérito…”.

Diferenças já foram pagas –
“… Ao reconhecer o pagamento das diferenças salariais aos servidores do IASS, conforme comprova o documento emitido pelo próprio Sindicato e que se encontra em meu poder”, esclarece Gilberto, que mantém disposição de acionar a juíza no CNJ.

A defesa e o DNA –
Ao final, o procurador-geral fuzila o ácido crítico. “Ademais, o advogado Horácio Ramalho Leite é suspeito para emitir qualquer juízo de valor pelo simples fato de ser irmão consangüíneo da controvertida magistrada”. Está explicada a ira do jurista.

Meio a meio –
Pelos cálculos do governador Ricardo Coutinho, 50% dos 4.500 empregos a serem gerados pela Fiat (Goiana-PE) serão ocupados por paraibanos.

Pesado –
Foi feio o bate-boca entre o deputado Gervásio Filho (PMDB) e o ex-governador Maranhão, gravado no dia da ruidosa reunião na sede do PMDB.

Ponderação –
“Não queria botar palavras na minha boca. Quem está dizendo que Márcio Roberto está atrelado ao Palácio é você”, ponderou Maranhão a Gervasinho.

Estouro –
“Eu não estou dizendo isso não. Todo mundo sabe disso. O senhor sabe disso”, explodiu Gervásio num tom de senhorzinho dando ordens aos criados.

Política fiscal –
Nos últimos 16 anos, 280 empresas receberam incentivos fiscais do Governo. Somente 59 se viabilizaram apesar da “ajuda”, segundo números da Cinep.

Permuta –
O dado foi sacado pelo vereador Bira Pereira (PSB) para mostrar que o histórico da Paraíba é de doar e não vender, como se quer fazer com a Acadepol.

Derrotas –
Em poucos dias, o Governo teve três perdas. Ficou sem Márcio Roberto e Toinho do Sopão e terá que engolir a LDO promulgada sem os vetos.

Comando –
Pelo o que a coluna captou, as diretrizes da comunicação do Governo Luciano Agra, na Capital, continuam sob a batuta da jornalista Marly Lúcio.

Porta-voz –
O vereador Raoni Mendes (PDT), novo secretário da Transparência, terá a missão de reverberá os assuntos eleitos e planejados pela Secom-JP.

Veto –
A Associação dos Servidores da Secretaria do Tribunal de Justiça realiza manifesto hoje, às 10h, pela manutenção dos repasses do duodécimo.

PINGO QUENTE – “Eu quero ir pro inferno de corpo e alma se ele andava na Prefeitura”. Do prefeito de Santa Rita, Marcus Odilon, explicando porque demitiu seu secretário de Saúde ao vivo durante o Jornal Correio da Manhã (rádio).

*Reprodução do Jornal Correio da Paraíba
 

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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