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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

A senha de Maranhão

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publicado em 11/08/2011 às 06h32

O sabor do bolo da festa de aniversário do senador Cícero Lucena ficou impregnado no paladar do ex-governador José Maranhão. Pelo o que Maranhão disse ontem, em entrevista ao Correio Debate (rádio), o gosto da aliança com o PSDB pode virar sim o prato principal da Oposição em 2012 na Capital.

Maranhão já não se vale dos tradicionais arrodeios peculiares à classe política quando instada a se posicionar sobre assuntos do futuro ou temas mais delicados. De pronto, o líder peemedebista confessou que a dobradinha com os tucanos em João Pessoa não é apenas interessante. Já está no campo da “utilidade” dos projetos comuns.

Minutos depois da declaração do ex-governador, figura de proa do PMDB acionava a coluna. “Eu não lhe disse que o homem está no páreo e está mais vivo do que nunca”, relembrou a atenta fonte, profetizando: “Ele será o nome da Oposição”.

Não duvido da tese da candidatura de Maranhão, mas ainda é cedo para um prognóstico preciso. Uma coisa pelo menos está clara. Maranhão e Cícero deverão se juntar já no primeiro turno para unir forças contra a reeleição de Agra.

Os mais novos sinais mostram que a estratégia de ambos é siamesa. Seja Cícero na cabeça de chapa com um vice indicado por Maranhão ou o ex-governador encabeçando e tendo Lauremília Lucena figurando como companheira de disputa.

Eis o quadro de hoje. A ordem das coisas pode já ter sido definida, mas, habilidosos como são, os dois principais personagens da Oposição vão se resguardar. Nessa altura, qualquer precipitação pode antecipar crises. Tudo ao seu tempo.

Guerra…
O presidente nacional do PSDB, deputado Sérgio Guerra, costura o apoio de Cássio Cunha Lima à candidatura de Cícero Lucena em João Pessoa.

Quer paz
O apoio passaria pela presidência estadual do PSDB, que sairia, consensualmente, das mãos de Cícero e passaria ao comando do ex-governador tucano.

Unimed-JP diz que não teme auditoria externa –
A respeito de nota publicada na coluna, o diretor de Comunicação da Unimed-JP, Walter Dantas, esclarece que não é novidade a contratação de auditoria externa na cooperativa. Antes de ser apresentado em Assembléia, o balanço contábil recebe parecer e auditoria. Em 2010, esse trabalho foi feito pela Grunitzky – Auditores Independentes.

Cooperativa nega rombo financeiro –
Em nota, a Unimed assevera que a auditoria em questão, voltada para um trabalho permanente de acompanhamento no fluxo e processos de compras, contratos e contas a pagar, nada tem haver com o “suposto déficit financeiro da cooperativa”.

Aucélio quer auditoria independente –
E segue a nota. “Ao contrário, o presidente Aucélio Gusmão de há muito já determinou ao setor competente tomada de preço para a contratação de uma Auditoria externa e independente. A escolhida deve ser uma das quatro maiores empresas do mundo”.

Birra –
O deputado Domiciano Cabral (DEM), dono de terreno valiosíssimo nas proximidades da Acadepol, resolveu externar voto contrário à permuta.

Não vingou –
Cabral confirmou ter iniciado negociação com grupos empresariais de outros estados interessados em comprar sua propriedade no Bairro Altiplano.

O demolidor –
Fernando Milanez, líder da Oposição na Câmara de João Pessoa, promete, na sessão de hoje, desabitar os argumentos da reativação do Moradouro.

Licitação da Secom –
Com a chancela do TCE, o procurador-geral do Estado, Gilberto Carneiro, informou que o Governo fará as modificações recomendadas pela corte.

Formalidades –
Carneiro previu as alterações formais até amanhã já com publicação no Diário Oficial do Estado. Depois de oito dias, os envelopes serão abertos.

Expresso –
De tanto ouvir que a Paraíba é quintal, aquele empresário pediu a intercessão de Pernambuco para fazer as pazes com o Governo da “capitania”.

De cócoras  –
O coronel Maquir, da Caixa da PM, pegou pesado com a bancada federal do PT, que segura a PEC 300 na Câmara. “Eles são subservientes à Dilma”.

Hoje –
Após novas conversas com Adriano Galdino (PSB) e João Henrique (DEM), o líder Hervázio Bezerra formaliza a indicação do novo membro da CCJ.

Não disputa –
Em que pese o assédio da Oposição Janduhy Carneiro (PPS), o presidente interino da Comissão garantiu voto no candidato indicado pelo Governo.

Efeito colateral –
Para o líder André Gadelha (PMDB), as posições do Governo são os melhores estimulantes ao regresso dos adesistas ao bloco da Oposição.

PINGO QUENTE – “Eu não ganhei uma cebola neste Governo”. Do deputado Toinho do Sopão (PTN), jurando que votava com a bancada por amor à causa, sem pedir nenhum “tempero” para engrossar seu caldo.

*Reprodução do Jornal Correio da Paraíba
 

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