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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

Observatório da nossa imprensa

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publicado em 14/08/2011 às 08h56

Não são somente Governo e Oposição que estão no foco da crítica social paraibana contemporânea. No meio da evidente tensão entre setores governamentais e os grupos contrapostos à gestão do socialista Ricardo Coutinho há uma fatia considerável da sociedade a incluir o comportamento da mídia no alvo das críticas.

Por isso, a responsabilidade da imprensa se reveste de viés ainda mais arenoso. Numa Paraíba tão acirradamente dividida, e em muitos casos apaixonada e identificada por cordões, qualquer opinião a desagradar já é encarada como alinhamento.

Só para ilustrar trago hoje ao terreiro da coluna opiniões divergentes de dois leitores sobre o tema em tela. Primeiro, a dissertação do colaborador que se identifica como Ailton Pereira ([email protected]) conjura a polêmica da Acadepol.

“O x da questão é que parte da imprensa, a maioria, adora ficar a favor do governante de plantão. Por que não a licitação? Seria bom para todos até mesmo para o empresário Roberto Santiago. Até para apagar a mancha de um shopping construído em área de mangue”, provoca Ailton, carimbando qualquer opinião favorável à operação.

Vilmar Fernandes de Souza ([email protected]), freqüentador assíduo deste espaço, vai pro contraponto. Semelhantemente ao antecessor escriba, generaliza e estigmatiza as opiniões divergentes contra os atos do Governo.

“Não é só a oposição que metralha inverdades, existe também Partido da Imprensa Golpista, que não se cansa de falar factóides que quando desmascarados só favorecem ao Governador”, atira. Para os extremos, o remédio é o equilíbrio.

Vendo tudo… –
O jejum verbal estratégico do ex-governador Cássio Cunha Lima confirma o grau de maturidade do tucano. Em alguns casos, o silêncio fala muito mais.

De bico mudo –
Não é só pela dedicação filial no tratamento de Ronaldo e o olhar voltado para o STF que Cássio se cala. A observação ensina mais que a explanação.

PT, PSDB e o boi voando –
Disposto ao diálogo de composição entre PSDB e PT nas eleições do próximo ano em João Pessoa, o senador Cícero Lucena deve agora procurar um interlocutor petista para aprofundar as conversas. Resta saber quem Cícero elegerá no PT para canalizar a mistura das tintas tucanas com o vermelho do partido de Lula. Quem se habilitaria?

A convenção do PSD –
O vice-governador Rômulo Gouveia está convocando a convenção estadual do PSD para amanhã, às 19h, na Assembléia Legislativa da Paraíba. Rômulo se prepara para deferir 30 novos diretórios municipais até o fim do mês. Quer atingir a marca dos 223.

Cássio, Santiago e a novela sem fim –
Apesar do dilema de Cássio ainda não ter data para acabar no Supremo Tribunal Federal, o advogado Luciano Pires crer que o imbróglio chegará ao fim nesses dias. “Estamos muito próximos de um desfecho. A decisão pode até ser monocrática”.

Escudo –
Impressionou o aparato de segurança utilizado pela direção da Unimed-JP na Assembléia Geral desse sábado. Até reforço da PM foi chamado.

Silêncio e revés –
Para evitar os repórteres na Blunelle, o presidente Aucélio Gusmão entrou pelos fundos. Tentou evitar, mas contratação de auditoria externa foi aprovada.

Sacrifício –
A família Gadelha está se entendendo sobre a próxima eleição em Sousa. Para surpresa de muitos e descrença de outros, o candidato do clã deve ser Leonardo.

Em análise –
Entre os aliados de Luiz Couto (PT) já se admite a possibilidade do deputado federal aceitar compor a vaga de vice na chapa do prefeito Luciano Agra.

Confessionário –
Os coutistas consideram esse o mais breve caminho para o padre ascender à Prefeitura de João Pessoa, com o apoio do PSB, seu sonho de consumo.

Cautela –
Apesar de acordado internamente, o reitor Rômulo Polari evitar manifestar, publicamente, predileção pela candidatura da sua vice, Yara Matos.

Em Campina –
Termina hoje, no Sesc-Centro, a XIV Conferência Estadual do PC do B, com a participação de mais de 200 delegados de diversos municípios.

“Refém” –
Doutor Chiquinho, prefeito de Solânea, confessa que só gasta com as tradicionais festas da cidade para não perder votos. Prefere ver o povo e o cofre dançando.

Sossega leão –
Bregueiro e apreciador assumido da cachaça, o explosivo deputado Tião Gomes (PSL) fica um cordeirinho quando ouve o cantor brega Roberto Muller.

Prenúncio –
Na ágora, dizem que o ex-deputado Zenóbio Toscano sepultou a pretensão de se filiar ao PSB porque aguarda a ascensão de Cássio ao comando do PSDB.

PINGO QUENTE – “Meu papel é fazer muito por João Pessoa”. Do senador Vital Filho (PMDB) sobre o namoro político com a Capital. Se pintar pedido de casamento em 2012, pode até dizer “sim”.

*Reprodução do Jornal Correio da Paraíba

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