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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

Ladeira abaixo

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publicado em 15/08/2011 às 10h47

O extrato da Assembléia Geral da Unimed João Pessoa deixou seqüelas abissais no domínio até então absoluto do presidente da cooperativa, doutor Aucélio Gusmão. É que os principais itens da pauta, causadores de incômodo à direção, passaram sem dificuldades na votação avassaladora dos cooperados.

A contratação de auditoria externa e assessoria jurídica independente para os Conselhos Fiscal e da Administração era encarada como afronta pelo presidente. Por isso, Aucélio tentou evitar com todo o empenho esse dissabor. A aprovação desses pontos está sendo encarada como um sinal contundente dentro da empresa.

A liderança absoluta e a base do controle integral de Aucélio foram abaladas pelas fissuras geradas na Assembléia. Quem acompanhou a “plenária” viu que era nítido o clima de abatimento do presidente. Nem de longe era o doutor Aucélio de outrora.

Enfraquecido, o dirigente do maior plano privado da Paraíba, dono de pelo menos 120 mil usuários, será obrigado a se submeter a investigações, antes amortecidas pelo senhorio, autoridade e poder muito timidamente questionados.

Se durante a Assembléia, o doutor Aucélio já não esboçava o mesmo fausto de outros tempos, de hoje em diante o regime instalado há 12 anos na cooperativa entra no ciclo da contagem regressiva. Seja pelo desgaste natural. Seja pela insatisfação dos cooperados com o modelo visivelmente avariado de gestão. Mas o doutor Aucélio tem algo a comemorar: o usuário ainda não tem direito a voz nas assembléias.

Nepotismo –
Agora, talvez a cooperativa encontre terreno para questionar a predileção do doutor Aucélio por dois cunhados em cargos de gerência na Unimed.

Privilégios –
Pode ser que os cooperados tomem coragem de perguntar por que ao passo que mantém altos salários dos comissionados o doutor aplica pró-rata de 12%.

Talibã lendo a cartilha budista –
Ferrenho opositor do Governo, o deputado Anísio Maia (PT) percebeu que tem aparecido muito na imprensa, mas sempre tratando ou colando sua imagem a temas negativos. O petista não abre mão de manter o estilo, mas deve deflagrar fase de discursos proativos e com conteúdo desenvolvimentista. Estava na hora mesmo.

A lista dos debates –
Anísio apresenta amanhã na Assembléia a proposta da realização de um seminário de desenvolvimento da Paraíba. Agricultura familiar, comércio e micro-empresa, ciência e tecnologia e novas fontes de energia estão entre os temas da série de debates.

Diálogo e contributo –
“A crítica precisa e deve ser feita para guiar e alertar os governantes, mas nosso papel é também extrair das discussões a colaboração e as sugestões para construção de propostas de desenvolvimento. Essa missão eu quero abraçar”, resumiu Anísio.

Oficial –
Por telefone, o presidente nacional do PSC, Pastor Everaldo Pereira, convidou o deputado federal Manoel Júnior (PMDB) a mudar de partido.

Conversão –
O dirigente cristão e o deputado peemedebista ficaram de marcar uma conversa pessoal em Brasília para tratar da questão. Manoel pode sair convertido.

Virando opção –
Aliás, devagarzinho o PSC vai ganhando terreno. Já registrou 90 comissões provisórias e quer chegar a 150 até setembro, segundo Marcondes Gadelha.

Calo –
A nomeação do novo superintendente do Ibama deve demorar. No meio do caminho do petista Antônio Barbosa tem uma pedra chamada PMDB.

Só com consenso –
Informações de Brasília dão conta que a Casa Civil já mandou um recado para o PT e o PMDB. As indicações só saem no Diário se houver acordo.

Mala arrumada –
Dia 12 de setembro. Esta é a data definida para filiação de um peemedebista conhecido de João Pessoa noutro partido da base da Oposição na Capital.

Fica –
O prefeito de João Pessoa, Luciano Agra, mexerá na equipe de Governo. Diferente do especulado, Coriolano Coutinho se mantém no comando da Emlur.

Analgésico –
Agra vai fazer mudanças na Secretaria de Educação, especialmente no setor de licitações, foco de algumas dores na cabeça da gestão socialista.

Feijão –
O presidente do PSB, Edvaldo Rosas, classificou como “requentada” a denúncia da Veja. “Polícia Federal e MP já atestaram a inocência da Prefeitura”.

Recomendação –
A convenção estadual do PSD, marcada para 12h, hoje, seria mais adiante, mas foi antecipada a pedido de Kassab para apressar a homologação no TSE.

PINGO QUENTE – “E quem nunca comeu feijão requentado”? Do ex-deputado Major Fábio (DEM), que não digeriu a acidez da Nota do PSB contra a reportagem da Revista Veja, deste final de semana.

*Reprodução do Jornal Correio da Paraíba

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