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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

De punhos cerrados

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publicado em 19/08/2011 às 06h34

Enquanto merecer o privilégio de assinar este espaço franqueado pelo Correio da Paraíba cobrarei a unidade política da Paraíba em torno dos grandes investimentos públicos e privados. Mesmo que grite ao vento, seja chamado de utópico ou sonhador.

Não o faço por outro motivo a não ser a convicção de que a Paraíba só suplantará o estado de atraso econômico e os humilhantes índices de desenvolvimento se tivermos capacidade aglutinadora e unidade política diante do Planalto.

É por isso que me causa tristeza quando perdemos a oportunidade de iniciarmos esse processo de distensão sincera, desprovida de ódio e ressentimentos políticos. Na primeira audiência reservada com Dilma, Governo e Oposição deveriam estar juntos.

Não pra bater foto, mas para expressar à presidente nosso sentimento de que já passou da hora de sermos vistos e ouvidos pelo Governo Federal. Queremos compensação por anos de esquecimento. Precisamos dizer que cansamos de migalhas.

O nosso governador poderia ter convidado oficial e publicamente todos os integrantes da bancada federal ao encontro. Se assim fizesse, em nada o tamanho de Ricardo seria diminuído. Muito pelo contrário, a Paraíba ficaria grande.

Mas a nossa bancada não pode se queixar muito, porque também não dá exemplo. Ir ao ministro da Integração, uma semana depois, para apresentar os mesmos pleitos feitos pelo Governo, no caso das enchentes, foi um gesto pequeno.

Infelizmente, nesse quesito, os dois lados estão em similar patamar. As principais correntes políticas do nosso Estado mantêm as mãos cerradas em posição de confronto, sem ânimo de estendê-las. E a Paraíba continua com a mão estirada.

Permuta –
O ex-deputado Gilvan Freire insinuou, ontem, que o deputado Domiciano Cabral (DEM) teve o voto convertido em troca de um “cala-boca” do Governo.

Bem-vinda –
O deputado Gervásio Filho (PMDB) considera um avanço a emenda do governista Janduhy Carneiro (PPS), que inclui no projeto a construção do shopping.

O que o povo quer –
Da leitora Maria do Carmo ([email protected]) sobre a coluna de ontem. “Quando nós lemos os jornais de Pernambuco, entendemos porque o governo, seja qual for, independente de cor partidária, consegue carrear tantos recursos para lá. O pernambucano vê, acima de tudo, o bem do seu Estado”.

Pelo fim da autofagia –
Ela segue o raciocínio: “Na hora de conseguir recursos para novos empreendimentos, eles esquecem as cores partidárias, não ficam querendo derrubar uns aos outros dão as mãos e lutam. Está na hora de construir e não destruir”, conclama a paraibana.

Cirurgia e demora –
Amigos de Carlos André, paciente da Enfermaria 4, apelam à direção do Trauma pela cirurgia do rapaz, acometido de um tumor na cabeça. Segundo relato enviado à coluna, o procedimento, que garante a vida de Carlos, ainda não foi feito por falta de material.

Normalidade –
A Assessoria do Trauma informou que Carlos seria operado no Santa Paula, mas foi transferido ao HT, a pedido dos familiares. A cirurgia está marcada.

Na tribuna –
“Uma novidade que merece a atenção de outros governadores e até do próprio Governo Federal”. Do deputado Luiz Couto (PT) sobre o Pacto Social da Paraíba.

Esquecimento –
Enquanto a suplente Vera Lucena (PSDB) tomava posse, o painel de presença da Câmara de João Pessoa registrava a ausência da nova parlamentar.

Volta por cima –
Vera, esposa de Potengi, ex-secretário do então prefeito Cícero, não escondeu mágoas. Queixou-se que passou três anos na suplência, sem aceno do PSDB.

Ideia fixa –
Efraim Morais, derrotado pelo discurso anti- Lula, não se dá por vencido. Na pauta da convenção (segunda), diz que o DEM manterá a luta contra o populismo.

Saia justa –
Deputado governista apenas sorriu, sem graça, ao ser perguntado sobre o motivo da ausência do presidente Ricardo Marcelo na votação da permuta.

Gafe –
Antes de ameaçar o indomável jornalista Tião Lucena, se o deputado Toinho do Sopão (PTN) fosse ao dicionário veria que “dita cuja” passa longe de agressão.

Tudo como dantes… –
O comando do PMDB vai sair de Toinho Souza para o ex-governador Maranhão, avisou ontem o sobrinho Benjamim. Água gelada na tese de oxigenação do partido.

Tocando em frente –
Indiferente aos rumos do STF, o senador Wilson Santiago (PMDB) vai levando. Ele assumiu ontem a presidência da Frente Parlamentar do Semiárido.

Quem ver cara… –
Nem a recente estada na bela Suíça sensibilizou opulento dirigente classista a entrar em acordo com órfãos e desprovidos sobrinhos. Voltaremos ao tema.

PINGO QUENTE – “Qualquer coisa que acontecer comigo está relacionado a esse caso”. Do ex-motorista do Grupo São Braz, Jonas Pereira, autor de rumorosa denúncia na Revista Politika, que revelou esquema de sonegação de impostos da empresa.


*Reprodução do Jornal Correio da Paraíba

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