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A conclamação de Dom Aldo

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publicado em 19/02/2015 às 13h48

O Jornal Correio da Paraíba da recente quinta-feira, reportando-se à Missa de Cinzas celebrada à noitinha do dia anterior (quarta-feira 18 de fevereiro) na Catedral Basílica de Nossa Senhora das Neves, trouxe a seguinte manchete: “Dom Aldo convoca fiéis para serviço voluntário”!

Eu e minha esposa, Ana, estávamos lá! Nossa Basílica encontrava-se literalmente lotada e os presentes bem atentos… silenciosamente atentos a cada palavra que era pronunciada não só por Dom Aldo Pagotto, Arcebispo da Arquidiocese da Paraíba, mas também por cada pessoa da equipe da liturgia e que colaborou com as leituras e os cânticos dessa Missa de Cinzas que marca o início do Tempo da Quaresma.

E que Tempo é este, o da Quaresma?!

O próprio Dom Aldo, bem didaticamente, lembrou que a Quaresma é o período do ano litúrgico que antecede a Páscoa, começando na quarta-feira de cinzas e indicando um tempo sobretudo para profunda reflexão a respeito da conversão, “deixando de lado intrigas e fofocas e solidificando trabalhos voluntários, inclusive através das pastorais da Igreja”.

Na conclamação feita por Dom Aldo, quando de sua homilia nessa Missa de Cinzas, ele mais evidenciou o início, também, da Campanha da Fraternidade 2015, que neste ano escolheu como tema “Igreja e Sociedade”, tendo como lema “Eu vim para servir”.

E é na ênfase dada a esse lema “Eu vim para servir” que o Arcebispo da Paraíba entusiasma-se na conclamação de todas as pessoas no sentido de incorporarem-se aos trabalhos voluntários, obviamente desenvolvidos com o objetivo da prática do bem, como a lembrar “ama teu próximo como a ti mesmo”!

O pragmatismo de Dom Aldo é bem evidente. Ele, na homilia, fala de jejuns mas deixa bem claro que o mais importante jejum é aquele já aqui mencionado, qual seja, o da fofoca, o da intrigaEle também fala do dar esmolas, entretanto que se o faça dentro da lição bíblica, que é na forma de que uma mão não perceba o que na outra contém. Igualmente fala de orações e aí chama a atenção, mais uma vez, para a lição bíblica de que não precisamos nem devemos ter trombetas nem luzes para mostrar que estamos orando.

Eu e minha esposa, Ana, integramos o ECC (Encontro de Casais com Cristo) da Paróquia de Nossa Senhora das Neves.  Fazia algum tempo, porém, que não participávamos da missa em nossa Catedral. Nas últimas vezes que ali estivéramos não vimos a Igreja com tanta gente. No entanto, nessa Missa das Cinzas a Igreja esteve literalmente lotada, como já dissemos. E os presentes com uma presença, bem estampada em seus rostos, que caracteriza entusiasmo, crença, cristianismo mesmo, além de adesão à conclamação de Dom Aldo Pagotto no sentido de que todos adotemos, na prática, o lema “Eu vim para servir”.

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