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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

Além da reunião

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publicado em 27/08/2011 às 06h58

O que anda rondando a cabeça do ex-governador José Maranhão e dos seus fiéis escudeiros não entrou na pauta da reunião do PMDB, ontem, na sede do partido. Ou pelo menos, o assunto não foi trazido a público, ao final do encontro.

O próprio Maranhão já não esconde que deseja disputar a Prefeitura de João Pessoa, apesar da candidatura posta e sonhada pelo deputado federal Manoel Júnior. Mas Maranhão não vai impor a conclusão a que chegou seu círculo mais íntimo.

O ex-governador espera que o próprio partido faça a análise e veja nele a mais robusta e viável opção partidária capaz de fazer contraponto a expansão do poder socialista na Paraíba. Maranhão gostaria de ser o candidato consensual no PMDB.

Pista nessa direção já foi dada pelo cerebral Gilvan Freire. Os planos de Maranhão passam pelo retorno oficial ao comando do PMDB. A segunda etapa do projeto é costurar a hegemonia em torno de sua postulação na Capital.

Os maranhistas graduados consideram que na fila do poder Maranhão é o único que não pode esperar muito. Por razões óbvias. Manoel Júnior, Veneziano e Vital, só pra citar alguns exemplos, têm tempo longo pela frente e podem aguardar a vez.

Para o maranhismo, o ex-governador tem densidade na Capital e é o nome mais presente da Oposição na cabeça dos pessoenses. Além desses fatores, é quem melhor encarna o figurino perfeito para uma espécie de vingança do eventual eleitor arrependido. Maranhão não quer dizer nada disso. Quer ouvir do próprio PMDB.

Recado –
A dupla Wellington e Caio Roberto, do PR, utilizou a presença na reunião do PMDB para afastar os boatos de adesão ao bloco do governador Ricardo.

Alternativa –
No intervalo da reunião, Wellington e Manoel Júnior conversaram em sala reservada por 15 minutos. Será que Wellington também convidou Manoel para o PR?

Posse, demora e desencanto –
Era visível a expressão de abatimento do ex-governador Cássio Cunha Lima na sua reaparição pública no Espaço Cultural, ontem pela manhã. Diante das dificuldades de assumir o mandato no Senado, o tucano desabafou aos jornalistas. “Eu não quero esmorecer. Nem fraquejar e nem perder o ânimo. O que me resta agora é aguardar”.

Enfadado da política partidária –
Instigado pelos repórteres, Cássio não quis falar muito sobre o quadro político atual. “Eu estou muito distante desse cotidiano. Não estou enfronhado nesse dia-dia”, justificou o tucano, demonstrando completa falta de apetite para tratar do tema.

A relação com Ricardo Coutinho –
Afastando a torcida de setores da Oposição pelo rompimento, o ex-governador reiterou confiança no êxito da gestão de seu ex-companheiro de chapa e campanha de 2010. “Tenho certeza que Ricardo Coutinho vai fazer um bom governo”, sentenciou.

Marketing –
O PMDB mandou confeccionar outdoors em homenagem ao “aniversário” de Maranhão para distribuir de “Cabedelo a Cajazeiras”, revelou Antônio Souza.

Nada haver –
“Não estou convidando ninguém. Não sou eu que estou organizando”. Do ex-governador Maranhão, despistando o viés político da festa do dia 6.

Economia –
Já tem gente perguntando se a festa será custeada pelo PMDB ou com as “sobras” de campanha que fizeram a felicidade de alguns amigos de Maranhão.

Dúvida cruel –
Não deu pra entender a do vereador Fernando Milanez. Após anunciar filiação ao PSC, ele foi à reunião do PMDB condicionar sua permanência no partido.

Nem aí –
O deputado Doda de Tião (PMDB) ignorou ameaça de punição e nas barbas de Maranhão reafirmou voto no Governo. “O partido faça o que quiser”.

Impressão –
O diretor de Relações da Fiat, Antônio Sérgio Martins, se disse impressionado com a exposição feita pelo governador Ricardo, durante audiência ontem.

No gatilho –
O executivo revelou que o projeto da Fiat é no âmbito do Nordeste e colocou a Paraíba como “forte candidato” pelos atributos apresentados e pela proximidade.

Revide –
O deputado Frei Anastácio (PT) disse que falta coragem a Branco Mendes (DEM) de enfrentar os assentados da área onde deve se instalar a fábrica de cimento.

Normalidade –
Longe do terrorismo que parte da Oposição tentou implantar, a licitação da publicidade do Governo do Estado transcorreu em clima de absoluta tranqüilidade.

Perigo –
A nova queda de um monomotor mostra que a relocalização do Aeroclube de João Pessoa é uma questão para ontem. É hora da decolagem de um acordo.

PINGO QUENTE – “Nem eu agüento mais falar nesse assunto. Estou esgotado”. Do ex-governador Cássio Cunha Lima, saturado de conceder entrevistas tratando da interminável pendenga judicial no Supremo Tribunal Federal.

*Reprodução do Jornal Correio da Paraíba
 

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