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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

Ajuda involuntária

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publicado em 03/09/2011 às 11h12

A fala do deputado Edmilson Soares (PSB), acochado ricardista, deu o tom. A bancada governista não criará qualquer óbice para instalação da CPI dos Outdoors ou da permuta da Acadepol. A estratégia é absolutamente correta. As duas CPI’s só são ruins para a Oposição, que ainda teima em amargar desgaste com o assunto.

O Governo não tem mais o que perder com esse debate, porque já conseguiu o que queria. Venceu a disputa no plenário, a operação está sacramentada e com remotíssimas chances de ser deflorada no âmbito da Justiça.

Então por que o Governo seria contra uma Comissão Parlamentar de Inquérito que se alimenta do vazio e deve terminar sem vitamina e resultado efetivo nenhum? Enquanto durarem, as CPI’s só “abafam” os problemas que realmente incomodam a população paraibana. Os temas de interesse social ficarão em segundo plano.

Mas, a Oposição insiste. Quer sangrar até a última gota. Por pirraça, revanche ou mesmo erro de estratégia, tese mais provável. Resumir o debate na Assembleia a uma polêmica restrita a um bairro de João Pessoa é ignorar e escarnecer das agruras vividas pelos cidadãos dos outros 222 municípios paraibanos, fora da órbita do olhar da Oposição.

Por isso, não duvido que o próprio Governo estimule a germinação das CPI’s de Cristal. Qualquer gestão que enfrenta as turbulências do primeiro ano adoraria contar com gracioso anestésico para adormecer os “calos” mais doloridos da opinião pública. Ricardo bem que poderia tratar melhor a Oposição. Ela ajuda mais que a própria base.

Sorumbático – Deputado do PMDB, prestigiadíssimo em recente passado, anda atualmente chorando mágoas sobre a condução do partido. Já não vê o ex-líder com os mesmos olhos.

Consequências –
Segundo Érika Delpino, da Procuradoria de João Pessoa, após as dispensas de licitações na gestão Cícero, a Prefeitura teve de convencer a Justiça a liberar a conclusão das obras inacabadas.

Rômulo versus Veneziano, 2º round –
O prefeito de Campina, Veneziano Vital (PMDB), desqualificou o vice-governador Rômulo Gouveia, que ontem ocupou espaços na imprensa para lembrar que a Construtora Maranata já faturou cifra superior a R$ 48 milhões no Governo Vené.
O gestor explicou que a Prefeitura só pagou pelos serviços prestados pela empresa.

O revide e a cacetada  –
Para Veneziano, Rômulo não fez nenhuma denúncia, mas apenas uma especulação. Veneziano lembrou que a Maranata não presta serviço exclusivamente a Campina. “Ele é uma pessoa que não tem nenhuma preocupação de no final ficar desmoralizada”.

Confiança na inocência –
Sobre o assunto, Veneziano se disse tranquilo quanto à apreciação do Caso Maranata na próxima terça-feira. Apesar da cassação em primeira instância, o prefeito mostrou confiança. “Vamos esperar que a Corte se debruce e tome a decisão mais correta”.

Contra –
O deputado Efraim Filho (DEM) condenou a volta da CPMF, ressuscitada por Dilma. “O cofre do Governo está cheio. Falta a saúde ser prioridade”.

Até os aliados –
“O Governo pode criar um fundo pra saúde, sem precisar criar outro imposto”, advoga a deputada Nilda Gondim (PMDB), da base da presidente Dilma.

Sigilo –
Mesmo nos bastidores do Correio Debate (rádio), dona Nilda não revelou o voto sobre o pedido de cassação da deputada Jaqueline Roriz. “O voto é secreto”.

Como um raio… –
O vereador Tavinho Santos (PTB) reclama da pressa dos governistas na votação do projeto que prevê organizações sociais na saúde de João Pessoa.

Em chamas –
O prefeito de Alagoa Grande João Bosco Junior, ex-presidente do PPS, tem lamentado a crise interna no partido e trabalhado para apagar o incêndio.

Fechado… –
O presidente da Astaj, Ivonaldo Batista, reclama da falta de diálogo do presidente do TJ, Abraham Lincoln, na formatação do PCCR dos servidores.

… Em copas –
“Tudo está sendo feito de forma unilateral, sem diálogo e sem discussão”, criticou Ivonaldo. Até para dentro, o Judiciário da Paraíba é fechado.

Funcionando –
A Assessoria de Imprensa do Hospital de Trauma de João Pessoa desmentiu ontem informações de problemas no serviço de tomografia da unidade.

Estatística –
Só neste ano, o Hospital realizou 8.874 exames. Em agosto, a conta já vai à casa das 878 tomografias. A média mensal do procedimento é de 1.109.

Saldo negativo –
Nem o presidente da Assembleia, Ricardo Marcelo, e nem o Governo ganham nada com a relação de desconfiança. Pelo contrário, perdem ambas as partes.

PINGO QUENTE –
“Ele está provando agora do próprio veneno”. Da vereadora pessoense Eliza Virgínia (PSDB), de peito lavado, sobre o processo de isolamento do seu ex-rival e presidente do seu antigo partido, o PPS, José Bernardino.

*Reprodução do Jornal Correio da Paraíba

 

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