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EPIDEMIA

Risco de ebola em países produtores de cacau faz Nestlé entrar em alerta

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publicado em 16/10/2014 às 15h26

 O executivo-chefe da Nestlé, Paul Bulcke, disse nesta quinta-feira (16) que a empresa está em "alerta" com o surto de vírus ebola na África Ocidental, importante região produtora de cacau.

Segundo ele, "esse surto afeta a nós e a sociedade em geral", afirmou em teleconferência com analistas após a divulgação dos resultados financeiros da companhia.

A Nestlé não possui fábricas em Serra Leoa, Guiné ou Libéria, os mais afetados pelo ebola, mas tem ajudado a Cruz Vermelha no combate ao vírus, com doação recente de 100 mil francos suíços (US$ 106 mil).

O objetivo é evitar que a doença chegue à Costa do Marfim e Gana, vizinhos à região epidêmica e principais produtores mundiais do cacau, que respondem por mais da metade da oferta global – matéria-prima do chocolate.

 

A Organização Munidal da Saúde, OMS, divulgou nesta quarta-feira (15) novo balanço de casos de ebola no mundo. Segundo a agência das Nações Unidas, foram confirmados 8.997 contaminações pelo vírus em sete países e 4.493 mortes.
A maior parte dos casos de contágio ocorreram em Guiné, Libéria e Serra Leoa, na África Ocidental. Nigéria, Senegal, Espanha e Estados Unidos também tiveram notificações. Os números referem-se ao dia 12 de outubro. A Libéria continua sendo o país com maior número de ocorrências, seguido de Serra Leoa e Guiné.

O relatório não contabiliza o segundo caso de ebola autóctone dos EUA, que foi divulgado nesta quarta pelas autoridades do Texas. Uma segunda enfermeira, que cuidou do paciente liberiano Thomas Eric Duncan, morto há uma semana, contraiu a doença e está internada em Dallas.
A funcionária do hospital Texas Health Presbyterian, Amber Joy Vinson, deve ser transferida ainda nesta quarta para Atlanta. Ela deve ficar em observação no hospital universitário Emory.

Entenda a enfermidade –   O ebola é uma doença grave causada por vírus. Ela é muitas vezes caracterizada pelo início súbito de febre, fraqueza intensa, dores musculares, dor de cabeça e dor de garganta. Depois vêm vômitos, diarreia, funções hepática e renal deficientes, erupções cutâneas, e, em alguns casos, sangramentos internos e externos, com interrupção do funcionamento dos órgãos.

Não há medicamentos ou terapias específicas contra o ebola já aprovadas. Os pacientes recebem cuidados gerais para aliviar sintomas, como medicamento contra febre, hidratação e alimentação contínua. Há algumas terapias experimentais como a transfusão de sangue de pacientes que se curaram do ebola e drogas experimentais como ZMapp, TKM-Ebola, Brincidofovir e BCX4430, que ainda não passaram por todas as fases de pesquisa necessárias para aprovação.

G1

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