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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

Vocação pra emperrar

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publicado em 23/09/2011 às 07h33

Quando o ilustre leitor, presumido eleitor, deixa o conforto de casa num desses domingos de outubro, a cada dois anos, carrega consigo a esperança de que o seu voto vale muito e que o “esforço” será compensado com a dedicação do escolhido no pleno exercício do cargo e revertido com assiduidade e empenho pelas causas coletivas.

Como contribuinte que paga suas contas, mas só tem provisão para tal por trabalhar de sol a sol porque sabe que se faltar um dia ao batente o contracheque ficará mais magro ao final do mês, você ainda mantém a ilusão que seu eleito trabalhará com a mesma abnegação para ser merecedor outra vez de sua confiança.

Nada disso. Essa é a lógica do trabalhador e da expectativa do eleitor. Raramente é a filosofia da ampla maioria dos nossos parlamentares. De uma só tacada, esta semana, Assembleia e Câmara de João Pessoa não votaram um simples requerimento.

Não por culpa dos presidentes dos respectivos poderes. A radicalização política de ambas bancadas é o motivo dos entraves e da pauta de projetos encalhados por conta da birra e da disputa continental pelo poder na Paraíba.

Infelizmente, esse cenário não é exclusividade nossa. O Congresso também vive patologia semelhante. Lá, os motivos, não menos censuráveis, são outros. Por aqui, o que trava o parlamento é a nossa vocação para todo santo ano fazer eleição. Antecipando-a ou reeditando-a. De acordo com as conveniências da hora.

Assepsia –
O vice-presidente da Assembléia, Edmilson Soares (PSB), lamentou a semana improdutiva. “Vamos ver se quarta a gente limpa a pauta”.

Hora de agir –
Edmilson alertou o presidente Ricardo Marcelo, a quem considera o conciliador credenciado a pôr fim aos desentendimentos entre as bancadas.

MP Vivo alfineta o Oi da Tim, é Claro!
O curador do Cidadão, Gualberto Bezerra, deve entrar na segunda-feira com uma pesada Ação Civil contra as operadoras de telefonia celular pela má, injuriante e criminosa prestação de serviços. O promotor vai radicalizar. Ele pede a suspensão total da venda de novas linhas até que as empresas solucionem os problemas dos usuários.

Pedras no meio do caminho –
Os secretários do PAC, Ricardo Barbosa, e de Recursos Hídricos, João Azevedo, gastam há três dias energias, paciência e saliva em Brasília na tentativa de vencer a burocracia para o início da reconstrução da barragem de Camará, no Brejo paraibano.

Comporta alternativa –
Os recursos são oriundos da barragem de Manguape. A relocação demandaria projeto de lei e tempo. Pressionados pelo governador via insistentes mensagens de celular, os auxiliares encontraram uma saída técnica que deve garantir a ordem de serviço.

Intercâmbio –
Na passagem pela Paraíba, o secretário nacional de políticas públicas, Wagner Caetano, reencontrou amigos petistas e relembrou histórias vividas por aqui.

Sem misturar –
Integrante do núcleo da Secretaria da Presidência, o mineiro não deu expectativas aos petistas que aguardam nomeação federal. “Não me meto nessa área”.

Fórmula –
Caetano admitiu à coluna que o processo de nomeação é complexo, porque analisa as indicações “horizontais e verticais” para não criar embaraços à Dilma.

Persistência –
Mais arejado, o presidente do PT, Rodrigo Soares, não tem dúvidas que o partido conseguirá unificar o discurso pelas candidaturas próprias.

Interesse na cabeça –
“É desonesto alguém dizer que trabalhamos para ter a vice do PMDB. Queremos disputar”, refutou Rodrigo Soares às insinuações da ala coutista.

Nova rodada –
Maranhão chamou vereadores, deputados e senadores para mais uma reunião hoje, 10h. A novidade: fora do Governo, vai abrir a mão e pagar o almoço.

Auditagem –
O deputado Anísio Maia (PT) quer saber o valor das despesas da missão a Cuba. Vê exagero no tamanho da comitiva e desperdício de dinheiro.

40 graus –
A temperatura subiu entre os vereadores e líderes Fernando Milanez (PMDB) e Bruno Farias (PPS) nos bastidores do Correio Debate (rádio), ontem.

Conselho –
Milanez aconselhou Bruno a não fustigar o senador Cícero Lucena com o assunto da Confraria. “Você era amigo e foi votado pelos filhos de Cícero”.

De improviso –
Sem rima, o poeta devolveu: “O senhor foi de Wilson Braga, Burity, Ronaldo, Maranhão, Cássio, Ricardo e agora voltou pra Maranhão”.

PINGO QUENTE – “Cobra d’água coisa nenhuma. Você me respeite”. Do deputado Toinho do Sopão (PTN) irado com a comparação feita pelo repórter Henrique Lima (Correio Sat) ao parlamentar que escorrega de um lado pra outro.

*Reprodução do Jornal Correio da Paraíba

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