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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

Pesadelo sem fim

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publicado em 27/09/2011 às 07h41

Foi preciso a presença da Comissão de Orçamento do Congresso Nacional na Paraíba para os nossos deputados estaduais perceberem o quanto a Assembléia tem perdido precioso tempo com temas de somenos importância, esquecendo de exercer seu fundamental papel de fazer nosso Estado sair da condenação do atraso.

Enquanto a nossa representação se arreganha na discussão miúda e na continuação do enfrentamento da briga pelo poder, que nunca acaba por essas terras, o Governo Federal prevê no Orçamento parcos R$ 3 bilhões pra cá, entre custeio e quase nada para investimentos. E o pior: estamos na rabeira dos futuros recursos do PAC

Deu pra perceber o tamanho do constrangimento de nossos parlamentares estaduais, ainda que não tenham responsabilidade direta pela humilhação a qual estamos sendo submetidos. Aliás, não é de agora que estamos no nível do deboche.

Pelo menos, os números apresentados pela Comissão tiveram um efeito positivo. A Assembléia se acordou e isso ficou nítido nos pesados pronunciamentos dos deputados. Até os parlamentares do PT se uniram ao coro de revolta e indignação.

Tomara que esse grito não fique abafado por aqui e que essa insatisfação sirva para unir Assembléia, Governo e bancada federal na consciência de que somente a capacidade de articulação e unidade poderá nos tirar da prostração econômica e política. Já deu pra perceber que enquanto nossa classe política dorme profundo sono, a Paraíba só tem pesadelo.

Na ferida –
Mesmo petista da marca maior, o deputado Anísio Maia não contemporizou com o Governo de Dilma. “Esta peça orçamentária não serve à Paraíba”.

Rebelião –
“Nós somos aliados e não podemos admitir uma situação dessas”. Do deputado Frei Anastácio (PT) reclamando da falta de recursos para os assentamentos.

Vitalzinho tem o queijo e a Paraíba a faca –
O senador Vital do Rego Filho (PMDB), presidente da Comissão Mista de Orçamento do Congresso, portanto peça estratégica a ser acionada nesse momento, admitiu que chegou a hora da Paraíba vencer as querelas paroquiais. “Vamos mudar essa cultura. Não podemos ficar nos contentando em receber as migalhas”.

Preço das picuinhas –
O deputado Trócolli Júnior (PMDB) acunhou ontem na tribuna. “É vergonhoso como Paraíba tem perdido com as brigas políticas. O Estado é o último colocado na captação de recursos federais e até hoje continua pagando o preço”, afirmou o deputado”.

Pacto pela Paraíba –
O encolhimento paraibano no Orçamento só mostra que a proposta do deputado Ruy Carneiro (PSDB), utópica para alguns céticos, é o único caminho que nos resta e deve ser estimulada a exaustão pelos agentes políticos, sociedade e imprensa.

Insossas –
Afora o ramal da Transnordestina, as propostas da Assembléia foram aparentemente acanhadas demais para quem precisa correr contra o tempo.

Ambulâncias paradas –
Maranhistas graduados não conseguiram esconder o desapontamento com o conteúdo da reportagem do Fantástico. Esperavam um foco diferente.

Adoçante –
Aliás, o tratamento da matéria, focando na gestão passada, deu margem para um sem número de especulações nas últimas horas. Tem pra todo gosto.

Distribuição –
O governador Ricardo culpou o critério político. Já os ex-assessores garantem que o Maranhão III obedeceu às regras do Ministério da Saúde.

Afinado –
O senador Cícero Lucena (PSDB) acusou incompetência socialista e isentou a gestão passada de responsabilidade sobre as ambulâncias paradas.

Campeão –
O programa Correio Debate (rádio), apresentado por este colunista, Fabiano Gomes e Wellington Farias, estourou em nova pesquisa do Ibope.

De cabo a rabo –
Tradicional radiofônico, na sua história o Correio Debate ainda não tinha superado a concorrência musical. O novo formato quebrou esse tabu.

Na agulha –
Apesar dos boatos, o vereador tucano Tovar Correia Lima diz que Diogo Cunha Lima ainda não confirmou filiação. “Mas se ele se filiar, será no PSDB”.

Cartas na mesa –
O vereador Fernando Milanez (PMDB) apostou tudo, ontem no Correio Debate (TV), na unidade da Oposição em João Pessoa já no primeiro turno.

Corpo fechado –
Alvo de campanhas de oração contra a corrupção em Marizópolis, o prefeito José Vieira da Silva (PSDC) se saiu com essa: “Não deve ser contra mim”.

PINGO QUENTE – “Eu não sou histórico. Eu já sou pré-histórico”. Do ex-governador José Maranhão enfatizando a sua quase jurássica relação histórica com o PMDB da Paraíba, sem qualquer sinal de inclinação pela aposentadoria.

*Reprodução do Jornal Correio da Paraíba

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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