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A difícil missão de A União

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publicado em 25/10/2011 às 00h33

Não é fácil a missão de integrantes da Diretoria do jornal A União para fazê-lo um veículo tão igual ou mais acreditado que os demais órgãos de comunicação. E quando assim refletimos, recorremos ao que em 1978, em crônica. já dizia Gonzaga Rodrigues: “O grande problema de A União é que ela tem sido feita, até agora (1978), para agrado exclusivo do Governo. Como resultado, só o Governador o lê. Será sempre o jornal de um leitor só. Mas, se ela (A União) partir do público para o Governo, tanto ajudará o Governo como ganhará o público”.

Em fevereiro deste ano, após lermos o que a nova Diretoria de A União dissera através de sua editora Beth Torres e pelo que também expressara seu novo superintendente Ramalho Leite, enchemo-nos de esperança de que A União possa – e parece estar nesse caminho -, enfim, ser esse jornal que dele saia a pecha de parcial, só favorecedor da “verdade oficial”, passando a dar espaços para a “verdade pública”.

Essa esperança apresenta-se-nos maior porque o dirigente máximo do Estado, Ricardo Coutinho, é um notório e notável defensor do republicanismo e da democracia, pelo que imaginamos que seja seu propósito ver e ter A União abrindo espaços até mesmo para a oposição, valendo-se de suas denúncias para, nas mesmas páginas do jornal, contestá-las e/ou esclarecê-las, porque assim procedendo esse veículo de comunicação, sendo plural e diversificado (“onde todas as correntes tenham espaço”, como disse Beth Torres), em vez de ser um jornal de um só leitor, terá muitos e muitos outros leitores!

Mas, não é fácil a missão de uma Diretoria de A União nesse sentido. De nossa própria parte, como autor de alguns artigos que encaminhamos para aquele jornal, de repente temos dúvida se remetemos determinado texto para publicação face as interpretações (indevidas) que possam ter, isto na preocupação de que a matéria publicada não prejudique seus diretores/editores, nesse “tudo ter conotação política” que vivemos.

Estas considerações são aqui feitas porque, depois de encaminhar as partes I e II do texto “Intransparência salarial” para a A União, publicadas nos sábados 8 e 15 deste mês naquele jornal, ficamos em dúvida relativamente ao encaminhamento da parte III, esta já publicada em o Contraponto e em A Semana.

Entendemos que naquele texto estamos mais colaborando com o Governo do que o criticando. Aliás, crítica não há. Apenas, questionando, sugerimos porquê não fazer publicar, como esclarecimento à população, a tabela vigente dos valores remunerativos (subsídio) dos cargos das carreiras do Grupo Servidores Fiscais do Estado. Que valores, oficialmente, são esses? O que foi que o Governo, agora em 2011, deixou de implantar? Foram as diferenças do subsídio antes calculadas? Ou deixou de atualizar (aumentar) os valores da tabela publicada em 2007, que representariam aumento mesmo?
 

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