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Levyterapia

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publicado em 20/01/2015 às 23h05

Ponha um Levy na sua empresa. A trajetória recheada de atuações brilhantes em gestão de equilíbrio de contas de Joaquim Levy tem feito com que o País nutra a expectativa de que ele é (pelo menos supostamente) o homem certo no lugar certo na hora certa.

Não sem razão, o mercado entendeu sua indicação como um sinalizador da aparente disposição do Governo Federal de, enfim, equacionar suas contas.

Não só a União, mas todos nós que estamos debaixo do guarda-chuva brasileiro precisamos de um Levy – no orçamento doméstico ou empresarial. Pois, como sempre digo e repito, o que serve para o macro também serve para o micro.

Portanto, atente para a dica econômica que recebi do santo/santa de casa: ponha um Levy na sua vida – empresarial ou domiciliar.

É isto o que pede o momento, marcado por arrocho que se forma – similar a um tufão – no horizonte econômico do Brasil.

Tempestade que certamente chegará, encolhendo crédito, desaquecendo o consumo, reduzindo oportunidades de trabalho e o ritmo nas linhas de produção de bens e serviços.

Em cenários assim não se pode hesitar.

O hiato entre a percepção e a adequação à crise pode determinar a sobrevivência ou a insolvência da empresa. E sem ela a fonte do emprego também vai secar.

A jurisprudência empresarial mostra que os que não reagiram rapidamente colheram danos irreversíveis.

É hora, portanto, de agir.

É hora de se desprender do latinismo afetivo e colocar em curso medidas pragmáticas, que incluem – em um pacote pandoresco – enxugamentos em todos os setores das empresas.

Repito: é hora de agir.

As ações não sairão do papel de forma espontânea.

Comece implodindo os feudos corporativos. E tome nota: aqueles que hoje se colocam contrários aos enxugamentos serão os mesmos que, mais adiante, mais vão gerar problemas de toda espécie, inclusive trabalhistas.

Obviamente, muitos preferem adiar medidas tão indigestas. Seja por vaidade; seja por indolência. Ou, ainda, pela fé que o cenário mude ou se acomode por decurso de prazo.

Geralmente não muda. Os ventos que sopram são de sufoco e não de alívio. E precisamos nos adequar as condições de temperatura e pressão que ora se apresentam.

Mais adiante, quando as condições meteorológicas efetivamente mudarem, a empresa poderá voltar a trocar o pedal do freio pelo pedal do acelerador.

A marcha do momento, porém, é lenta pois a trilha nos conduz aos solavancos.

E nem é preciso ser um Levy para entender que, em momentos assim, a prudência manda engatar o câmbio reduzido.

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