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‘Não caiu a ficha’, diz Sartori em 1ª manifestação após ser eleito

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publicado em 26/10/2014 às 18h44

Eleito governador do Rio Grande do Sul para os próximos quatro anos, José Ivo Sartori, do PMDB, concedeu entrevista coletiva no início da noite deste domingo (26) em um hotel no Centro de Porto Alegre, após acompanhar a apuração na casa de seu vice, José Paulo Cairoli (PSD), de onde saiu às 18h50 acompanhado da família. Acompanhe a cobertura das eleições no RS em tempo real.

“Ainda não caiu a ficha”, disse Sartori, para completar sua primeira manifestação: ”Temos que olhar diferente para essa realidade, nunca tinha visto isso na minha vida, tantos presidentes de partido e quero cumprimentar todos que se juntaram a nós no segundo turno”, completou, agradecendo ainda à mulher, Maria Helena, aos filhos, e a quem trabalhou com ele na campanha.

Por volta das 18h30, quando a apuração alcançou 88,67% das urnas do estado, Sartori foi confirmado matematicamente como vencedor, com 61,23% dos votos, contra 38,77% do concorrente, Tarso Genro, do PT, que tentava a reeleição. O ex-governador ligou para Sartori para parabenizá-lo pela eleição.

Sartori tem 66 anos, é casado com a deputada estadual Maria Helena Sartori (PMDB), e tem dois filhos, Marcos e Carolina. Nasceu na Linha Amadeu, distrito de São Marcos, na Serra. Aos 13 anos, quando fazia parte da juventude católica, mudou-se para Antônio Prado para integrar o movimento estudantil. Iniciou a carreira política em 1976, quando foi eleito vereador de Caxias do Sul.

Além de vereador, também foi deputado estadual durante cinco mandatos consecutivos e chegou a presidir o parlamento gaúcho entre 1998 e 1999. Foi deputado federal em 2002, dois anos antes de ser eleito prefeito de Caxias, cargo para o qual foi reeleito em 2008.

A eleição de Sartori confirma uma tradição dos gaúchos de nunca terem reeleito um governador para um segundo mandato. Além disso, repete circunstâncias eleitorais semelhantes ocorridas em um passado recente no Rio Grande do Sul. Não é a primeira vez que um candidato inicia o primeiro turno em terceiro lugar nas intenções de votos nas pesquisas, vira o cenário e se elege no segundo turno.

Em 2002, o mesmo aconteceu com Germano Rigotto, também do PMDB, que venceu a disputa contra o então candidato Tarso Genro (PT). Quatro anos depois, Yeda Crusius, do PSDB, virou a eleição sobre Olívio Dutra (PT) e se tornou a primeira mulher a governar o estado.

O dia de Sartori

Pela manhã, Sartori concedeu entrevistas a veículos de comunicação em Porto Alegre. Depois, viajou para Caxias do Sul, onde votou por volta das 13h no Colégio Nossa Senhora do Carmo. Ex-prefeito do município da Serra, chegou ao local acompanhado da sua mulher, a deputada estadual Maria Helena Sartori, dos dois filhos, lideranças do partido e militantes.

Diferente do que aconteceu no primeiro turno, quando permaneceu em Caxias do Sul até o início da apuração, Sartori voltou para Porto Alegre para acompanhar o encerramento da votação. Foi, primeiramente, para a casa do seu vice, no bairro Moinhos de Vento. No local, houve concentração de militantes, e carros passavam buzinando a todo o momento comemorando a vantagem na apuração.

Depois, se dirigiu a um hotel no Centro da capital para a entrevista coletiva. Ao mesmo tempo, a sede do PMDB, em Porto Alegre, foi tomada por militantes que festejavam a vitória. A Avenida João Pessoa, inclusive, teve trânsito de veículos interrompido pela Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) no fim da tarde em razão da grande movimentação.

G1

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