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Miremo-nos nas crianças

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publicado em 14/11/2011 às 00h15

Não é novidade, mas vou repetir: eu e minha esposa Ana temos quatro netos, mais exatamente três netas (Maria Luísa, Ana Clara e Maria Sophia) e um neto (Mário). E sobre esse time de dois a cinco anos de idade já me referi aqui neste espaço, tendo certa vez tomado conhecimento, através de uma amiga, de que haveria um(a) leitor(a) que chegou a questioná-la: “Esse Mário Tourinho não tem outro assunto pra falar, não? Só fala sobre os netos!…”.

Respondi à amiga que estranhava ter um(a) leitor(a) que, mesmo não gostando do que eu escrevia, lesse o que escrevo! E insisti dizendo de minha satisfação em me reportar a assuntos de família porque em nossa vida não há nada mais importante do que essa célula “máter” da sociedade, que precisamos cada vez mais a valorizar, respeitar, promover, quer falando sobre seus integrantes (sejam adultos ou crianças), quer focando sobre o amor e a fraternidade próprios à sua preservação.

Neste contexto, mesmo sem ter a experiência e a classe do Desembargador José Di Lorenzo Serpa nas crônicas que ele escreve sobre suas netas, ouso contar algo que muito me chamou a atenção neste final de semana (sábado), lá no Recife/PE, em visita ao Instituto Brennand.

Antes, porem, conto que aqui mesmo em João Pessoa, há cerca de duas semanas, conosco (eu e Ana) dormiram as netas Maria Luísa e Ana Clara. Entre elas, logo que se encontram, é sempre aquela alegria com troca de beijos e abraços. Entretanto, quando juntas, brincando, pode haver momento de troca de beliscões! E naquele dia, logo cedinho, exageraram com a troca de uma mordidinha de cada parte. Ana Clara, a que recebera a mordidinha de troca, reclamou para Ana: “Vovó, Luísa me mordeu!”. Ana disse-lhe: “Mas, você também mordeu Luísa!”. Ana Clara justificou: “Luísa ainda não escovou os dentes, não, vó!”.

Voltemos, pois, ao Instituto Brennand, onde, além do extraordinário museu, existe um local com uma fonte em cujas águas os visitantes jogam moedas e fazem algum pedido. Lá, Gustavo Eliano de Paula, irmão de minha nora Juliana, naquele instante estava com minha neta Luísa e a incentivou para também jogar uma moeda e fazer um pedido. Luísa disse que não sabia fazer pedido. Gustavo insistiu no incentivo, orientando-a quanto ao que é fazer um pedido. Aí, Luísa jogou a moeda nas águas e foi afastando-se da fonte. Nesse momento Gustavo perguntou: “Que pedido você fez, Luísa?”. Ela respondeu: “Pedi pra ser, sempre, uma criança feliz!”.

Como as crianças são diferentes dos adultos!…
 

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