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URUGUAI

Terceiro colocado nas eleições apoiará oposição no 2º turno

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publicado em 28/10/2014 às 09h02

O candidato da coalizão de esquerda Frente Ampla, o oncologista Tabaré Vázquez, disputará a Presidência do Uruguai com o advogado Luis Lacalle Pou, do tradicional Partido Nacional (ou Blanco). Vázquez, que foi presidente do Uruguai entre 2005 e 2010 e o primeiro mandatário de esquerda do país, teve 48% dos votos, e Lacalle Pou – filho do ex-presidente Luis Alberto Lacalle (1990-1995) – foi a escolha de 31% dos eleitores. Os resultados finais oficiais foram anunciados nesta tarde pela Corte Eleitoral do país.

“Começa uma nova etapa. É obrigação dos políticos saber interpretar o que o povo expressa. Nós nos comprometemos a buscar consensos políticos e sociais para que todos neste país tenham qualidade de vida. Somos uma força séria, responsável e que dá certezas”, afirmou Vázquez, após a divulgação de pesquisas de boca de urna, na noite de ontem. Por conta dessas projeções, já era esperada a realização de segundo turno, que acontecerá em 30 de novembro.

Lacalle Pou também disse que buscará “alianças para obter maioria parlamentar”. “Não se trata de tirar a Frente Ampla (do poder). Trata-se de chegar ao governo”, afirmou em seu discurso. Também pediu para debater publicamente com Vázquez, já que durante o primeiro turno o candidato de esquerda não compareceu aos encontros de presidenciáveis organizados pelos meios de comunicação.

O terceiro colocado, Pedro Bordaberry, do Partido Colorado, votado por 13%, considerou que “os uruguaios necessitam mudanças, especialmente em segurança e educação”. E anunciou que apoiará o Partido Nacional. A estratégia da junção dos partidos tradicionais em oposição à esquerda, em segundos turnos, é tão recorrente nas eleições uruguaias que deu origem à expressão “partido cor-de-rosa”, especialmente entre os votantes de esquerda, para designar a união de “brancos” e “vermelhos”.

Além de presidente, vice-presidente, senadores e deputados, os cerca de 2,6 milhões de uruguaios habilitados para votar decidiram sobre a redução ou não da idade de maioridade penal, dos 18 para os 16 anos. A opção pela redução não saiu vencedora e registrou 47% dos votos.

Terra

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