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Homem que denunciou mensalão diz que horizonte de Dilma é sombrio

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publicado em 02/11/2014 às 17h39

O ex-deputado Roberto Jefferson voltou a criticar a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT). Em sua página no Twitter, o ex-parlamentar do PTB (cassado após denunciar o Mensalão) disse que o segundo mandato da petista será sombrio e que Dilma vive um mau momento. “Ainda não tinha visto um presidente ter à frente horizonte tão sombrio para um segundo mandato. Povo nas ruas confirma mau momento de Dilma”, disse Jefferson.

Neste final de semana, em São Paulo (SP), pouco mais de mil manifestantes ocuparam a Avenida Paulista para pedir o impeachment de Dilma Rousseff. Alguns deles solicitaram até intervenção militar para tirar o PT do Governo Federal.

Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo no dia 6 de junho de 2005, Roberto Jefferson revelou ao país que o governo federal pagava deputados para que votassem de acordo com os interesses do Planalto. O Brasil descobria ali o escândalo do mensalão.

Durante a CPI dos Correios, ele apontou José Dirceu como chefe do esquema de compra de votos de parlamentares. Na ocasião, Jefferson era deputado federal e presidente do PTB – partido que integrava a base aliada. O ex-parlamentar não apenas denunciou o esquema como o integrou, chegando a embolsar R$ 4 milhões do PT.

O petebista foi cassado por quebra de decoro parlamentar pela Câmara em 2005. Aposentado pela Casa, recebe 8.800 reais mensais. Pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, foi condenado pelos ministros do Supremo Tribunal Federal a sete anos e 14 dias de prisão – a pena, portanto, o livra de cumprir a sentença em regime fechado -, além de multa de 746,2 mil reais. Foi beneficiado com redução da pena por ter sido o delator do esquema. Em 21 de fevereiro de 2014, o STF determinou a prisão do ex-deputado. Na segunda-feira seguinte, quando o mandado foi formalmente expedido, Jefferson entregou-se à Polícia Federal.

O ex-deputado foi o último condenado do mensalão, com pena de prisão, a ter a reclusão ordenada pelo STF. Ele chegou a pedir para cumprir a pena em regime domiciliar, alegando que precisa se recuperar da retirada de um câncer no pâncreas com dieta específica e medicamentos. Laudo solicitado pela Justiça disse que a situação de saúde de Jefferson permitia o cumprimento da pena em presídio comum, como os outros condenados do mensalão.

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