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Hillary diz que é difícil imaginar Conselho de Segurança sem Brasil

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publicado em 17/04/2012 às 08h42

A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, afirmou nesta segunda-feira que não se opõe à ideia do Brasil ter um assento permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Ao mesmo templo, evitou um apoio formal ao pleito brasileiro, semelhante ao dado pelo presidente Barack Obama à Índia há dois anos.

"Acredito que será muito difícil imaginar um futuro conselho de segurança da ONU que não fosse incluir um país como o Brasil", disse a chefe da diplomacia norte-americana, que participou nesta segunda, em Brasília, de um encontro com empresários e teve uma reunião com chanceler brasileiro, Antonio Patriota. Hoje, Hillary irá se encontrar com a presidente Dilma Rousseff.

"Os Estados Unidos admiram absolutamente a crescente liderança do Brasil e sua aspiração a se juntar ao conselho de segurança das Nações Unidas como um membro permanente", disse Hillary ao lado de Patriota.

Hillary acrescentou que seu governo acredita que "a viabilidade de longo prazo do conselho de segurança depende de atualizá-lo para o século 21, em reconhecer o mundo de hoje, não o mundo quando foi criado."

A secretária de Estado, porém, manifestou desconfiança sobre o processo de reforma. "Acreditamos que os Estados Unidos mostraram um grande compromisso com uma reforma real das Nações Unidas, mais do que muitos de nossas contrapartes no conselho (de segurança)."

Irã. Hillary elogiou o acordo fechado pelo P5+1, como é chamado o grupo de cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU – Estados Unidos, Inglaterra, China, França e Rússia – mais a Alemanha, com o Irã. Ela elogiou, ainda, que o Tratado de Não-Proliferação (TNP) de armas nucleares sirva como fio condutor das conversas. Mas assegurou que seu governo vai "manter a pressão" sobre os iranianos para que as negociações avancem em relação ao programa nuclear dos aiatolás.

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) diz ter indícios de um programa militar, mas o governo de Teerã defende sua iniciativa como um programa pacífico de energia nuclear.

Patriota elogiou a postura da colega norte-americana e disse que uma eventual escalada de tensão na nação persa traria consequências imprevisíveis para o Oriente Médio. "Preocupa muito a consideração de

uma ação militar contra o Irã, seria uma receita para disseminação da instabilidade que ocasionaria repercussões imprevisíveis de grande gravidade."

Indaga sobre a Síria, Hillary afirmou que ainda é cedo para tirar conclusões sobre a implementação do plano de paz elaborado pelo enviado das Nações Unidas e da Liga Árabe, Kofi Annan, porque alguns observadores internacionais ainda estão chegando ao país. "Mais do que limitar a ação de observadores, Assad precisa é silenciar suas armas", disse a secretária de Estado.

Estadão

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