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SUCESSÃO

Após acordo com Maranhão, Paulino deve assumir comando do PMDB

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publicado em 03/11/2014 às 15h47

O ex-governador e vice-presidente estadual do PMDB, Roberto Paulino, deverá assumir a presidência do partido a partir do próximo mês de dezembro, mais precisamente no dia 18, quando ocorrerá a eleição para formação da nova Executiva estadual da legenda na Paraíba.

A ascensão de Paulino ao cargo de presidente da sigla ocorrerá devido a um acordo firmado em 2012, quando o PMDB vivia momento de crise entre o grupo do atual presidente, o senador eleito José Maranhão (PMDB), e do ex-senador Wilson Santiago, e ficou decido, inclusive com o referendo da Direção nacional, que o vice-presidente assumiria o comando do partido na próxima disputa.

Na oportunidade, Maranhão ficou com a presidência, mas aceitou o acordo para Wilson Santiago, então primeiro presidente, assumir o comando do partido a partir de 18 de dezembro de 2014. Como Santiago deixou o PMDB em fevereiro de 2013 para comandar o PTB, Paulino, que era o segundo vice, assumiu a vice-presidência e, caso Maranhão cumpra o que foi acordado em 2012 com o aval da Executiva nacional, será o futuro presidente estadual do partido.

O curioso é que as eleições do PMDB ocorrerão em um novo momento de crise interna do partido, uma vez que o ex-prefeito de Campina Grande e deputado federal eleito, Veneziano Vital do Rêgo, vem defendendo punição aos “traidores” da legenda no último pleito estadual. Veneziano, que chegou a lançar pré-candidatura a governador, acredita que teve o nome rifado por “colegas” de legenda.

Hoje, Veneziano defendeu as saídas de Maranhão do comando da Executiva estadual e do deputado federal reeleito Manoel Júnior do comando da presidência do diretório municipal de João Pessoa. Ele também defendeu os nomes do seu irmão, o senador Vital do Rêgo Filho, e de Paulino para presidente estadual, mas não citou nada sobre o acordo de 2012 para o vice ser alçado a presidente.

Diferentemente de Veneziano, Maranhão não defende punição aos supostos “traidores”. O senador eleito disse que “respeita o posicionamento de Veneziano, mas lembra que o deputado eleito se beneficiou do voto dos infiéis”. “Ele mesmo foi votado em muitos municípios onde seu irmão [Vital do Rego] não foi apoiado", declarou.

Cristiano Teixeira – MaisPB

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