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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

Pra onde vamos?

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publicado em 09/02/2012 às 13h29

Ontem foi Bruno. Outro dia, Ariane. Diariamente,
anônimos e invisíveis. Filhos, irmãos, pais, mães, primos
e amigos se vão devorados pelas presas afiadas da violência. Só fica a dor. Uma dor latente que se hoje é partilhada,
no amanhã será solitária. Só machuca, pisa e incomoda os
mais próximos, cujo amor é imorredouro.

Apesar da distância, não há como ignorar o sofrimento alheio, mesmo que de primeiro plano ele não nos corte
por dentro com a mesma intensidade do coração partido de
familiares, vítimas por conseqüência do impacto abrupto
da criminalidade.

A dor gerada pela ferida da violência deve e tem
que incomodar coletivamente, porque no fundo ela fere
de morte a todos que se lançam pelo cotidiano e ensinam
seus descendentes a caminhar nas veredas e de paz e bem
querer.

A inadiável reflexão que nos é posta ultrapassa os
conceitos de segurança, combate à criminalidade e igualdade social, preceitos e políticas públicas, de fato, inadiáveis e
dignas de toda e mais absoluta prioridade governamental.
Somos intimados a nos repensar. De que adianta celebrarmos as conquistas da modernidade se paradoxalmente
só regredimos às cavernas? A diferença é que os primitivos
derramavam sangue por força do instinto. Os nossos ‘racionais’ contemporâneos, por uma mistura de indiferença à
vida e absurdo prazer de matar.

Cutucando… – Alvo de críticas do ex-
governador José Maranhão
(PMDB), que vê contrassenso na defesa da aliança com
o PSB, o grupo do deputado
Luiz Couto (PT) reagiu à
cutucada.

…Com vara curta – “O PMDB já tem muito
problema interno pra resolver. Do PT, a gente cuida”,
desferiu Jackson Macedo,
para quem Maranhão deveria cuidar da querela com
Manoel Júnior.

A fera bota as garras de fora – O entrave acima, citado pelo dirigente petista, já tem
novos capítulos no forno. Conforme a Coluna há havia
suscitado ontem, a conversa de Manoel com Michel Temer
não foi para falar de flores. O audaz parlamentar avisou
ao cacique que, independente da pesquisa a ser mostrada
dia 13, baterá chapa com Maranhão na convenção.

Certeza das coisas – O ex-governador tem evitado se antecipar ao resultado dos presumidos números a serem apresentados na
reunião interna do PMDB, mas deixou escapar ontem. “Eu
não tenho dúvida que o resultado não será diferente das
várias pesquisas divulgadas”.

Candidato até que… – Do vereador Fernando Milanez, defensor ardoroso da
candidatura de Maranhão, em contato com a Coluna. “Não
tenho dúvidas que se Maranhão ver candidatura melhor
na oposição, ele pode votar noutra chapa”. É o temor de
Manoel Júnior.

Guerra das impressões – Diferente dos maranhistas, Júnior diz ter em
mãos avaliações qualitativas e de rejeição que colocam sua candidatura em
desempenho superior ao do
ex-governador do PMDB.

Pessimismo – Até no seio de taludos oposicionistas reina a
certeza que dificilmente a
candidatura do deputado
Luciano Cartaxo subsitirá
além do encontro interno
do PT em março.

É dando… – Em Brasília, ontem,
Cartaxo, Anísio Maia e
Rodrigo Soares se reuniram
com o ministro Aguinaldo
Ribeiro (PP), tendo a deputada Daniella Ribeiro como
a grande cicerone.

…Que se recebe – A Coluna já havia
antecipado e o encontro só
vem a calhar a informação:
PT e PP fecharam dobradi-
nha e reciprocidade política
em João Pessoa e Campina
Grande.

Sucessão na UFPB  – Aliados do professor
Luiz Renato Araújo comemoram o reforço e apoio
do presidente da Adufpb,
Ricardo Figueiredo Lucena,
sacramentado candidato a
vice-reitor na chapa.

Campo de batalha – É pesada a queda-de-

braço travada entre os advogados Zé Mário Porto e
Assis Almeida, este último
impugnante da candidatura
do ex-presidente da OAB à
vaga de juiz no TRT.

Autorizada – O senador Cássio
(PSDB) recebeu do Ministério da Defesa a confirmação
da compra do ISL, equipamento que garantirá mais
segurança aos pousos no
Aeroporto de Campina.

Como uma onda… – Assediado por depu-
tados federais do PMDB,
o suplente no exercício
do cargo Armando Abílio
(PTB) deu a senha. “Até
hoje eu só quero cumprir
tabela”. Disse tudo: até
hoje!

…No mar – Abílio, que voltou a
clinicar e fazer semanalmente seu programa de
rádio, se diz sem mais calor
pra Câmara, mas a oferta
do rodízio de licenças pode
muito bem reaquecê-lo.

– Quando as forças se
vão, a ciência não salva e
pouco resta ao homem, a
poderosa mão de Deus entra
em ação. Daqui, em orações
a Jesus, eu brado: Força
Dona Nuita (mãe-avó)!

Pingo Quente

Eu sabia quenão iria vingar

(Vereadora Eliza Virgínia (PSDB) sobre sua frustrada tentativa de aprovar
Voto de Repúdio contra o Governo na crise com a UEPB_

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