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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

Não subestimem o “velhinho”

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publicado em 03/03/2012 às 09h19

O ato final se consumou. Com a desistência e apoio público do seu litigante, o deputado Manoel Júnior, o ex-governador José Maranhão amealhou ao seu favor o que ainda lhe faltava e até os mais otimistas maranhistas duvidavam: unificar o PMDB em torno do seu nome na disputa pela Prefeitura de João Pessoa.

Mas alguém pode perguntar: É suficiente? Não. Mas um grande passo. Pra começo de conversa, Maranhão conquista essa condição, fora do governo e sem as benesses que via de regra alimentam liderados e fortalecem líderes. Independente dos métodos, ele demonstrou capacidade de aglutinação local e prestígio nacional.

E pra quem desdenha das chances do ex-governador, é bom lembrar que o PMDB de João Pessoa tem lá suas tradições e arrasta votos em favor de seu candidato, seja quem ele for. É o PIB do partido, cujo potencial é amplificado na Capital pela forte e massificada presença de gente do interior, que guarda a legenda como um brasão.

O PMDB tem razoável densidade na Capital, em qualquer cenário. Unido, aumenta seu cacife. Basta lembrar o quanto foi decisivo na primeira vitória de Ricardo em 2004. E se partido é feito de pessoas, Maranhão tem o verniz pessoal de uma vida sem grandes arranhões. Não surpreenderá se, no desenrolar da campanha, passar Cícero nas pesquisas.

Tendência
Se vingar a tese (não compartilhada pela Coluna) de que a eleição na Capital vai ser um plebiscito antecipado do Governo RC, Zé Maranhão tende a ser o maior beneficiário.

Fluído
Detalhe: pela convivência de ambos os grupos e recente passado, é mais fácil o eventual eleitor frustrado com o PSB migrar para Maranhão do que para o pré-candidato tucano.

Despido da roupa de pré-candidato
“Lutei até as últimas instâncias”. Com essa frase, o deputado Manoel Júnior (PMDB) encontrou a saída honrosa para tirar o time de campo e anunciar ontem, em entrevista coletiva, sua desistência do “sonho” de disputar a Prefeitura de João Pessoa e apoio a Maranhão. “Vamos às ruas defender a candidatura de Maranhão”.

Sem clima para tanto…
Júnior rejeitou o convite para coordenar a campanha de Maranhão. Também pudera, soaria estranho depois do seu manifesto contra a hegemonia familiar, o caciquismo, “o nepotismo e outras formas viciadas de distribuição de cargos dirigentes”.

O teatro da vida política
Apesar de chegar atrasado, Maranhão foi à sede do PMDB abraçar seu ‘mui-amigo’ Manoel Júnior e fez o que manda o manual da política, ambos posando para fotos com um “V” nas mãos. “É um companheiro de grandes qualidades e virtudes”, afagou Zé.

Bis
Como se deu bem em pesquisa, implosivo da postulação de Manoel Júnior, Maranhão tomou gosto e já defende o critério mesmo para escolha do companheiro de chapa.

Filtro democrático
“Eu sabia que o critério da pesquisa seria aceito no final. Foi uma decisão democrática. O PMDB resolve essas questões dentro do clima do entendimento”, teorizou Maranhão.

Convertido
Até o rebelde vereador Mangueira se converteu rápido e, depois de espalhar brasa nos pés de Maranhão e Benjamim, se alinhou integralmente à candidatura do velho cacique.

O astro
O vereador Fernando Milanez, com seu peculiar estilo, dispara ligação para o colunista. Antes do automático “alô”, a irônica intervenção: “Eu não disse que terminaria assim”.

Pedagógica
Foi dura a decisão do juiz Eloy Filho condenando o ex-deputado Fabiano Lucena (PSDB) a quatro anos de cadeia por compra de votos. Caso que remonta a eleição de 2006.

Tocando em frente
Ao término de visitas a obras em Bayeux, Cruz do Espírito Santo, Caldas Brandão e Conde, o governador Ricardo Coutinho disse carregar o sentimento do dever cumprido.

Novo olhar
“Eu decidi fazer outro caminho: olhar para a maioria das pessoas”, diferenciou Ricardo, expressando que foi eleito para e fará uma gestão de rupturas práticas conceituais.

Pontuando
“Pode até faltar placas, mas não faltam obras. Prefiro fazer menos propaganda e fazer muito mais. A Paraíba sabe a diferença entre discurso e prática”, cravou o socialista.

Causa
A FAO, órgão da ONU de combate à fome, vai instalar três escritórios no Brasil. Um na região Nordeste. O senador Vital do Rego (PMDB) defende que a Paraíba entre na luta.

Labirinto
Em reunião com dirigentes do Fórum, Vitalzinho revelou ter se atrevido a dar garantias em nome do Governo da Paraíba. Prometeu pedir a Cássio intermediação com Ricardo.

PINGO QUENTE – “O PSB está perdendo a oportunidade de trazer Agra de volta”. Do deputado João Gonçalves (PSDB) com saudade e tentando ressuscitar o movimento Volta Agra.

*Reprodução do Jornal Correio da Paraíba

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