João Pessoa, 11 de março de 2012 | --ºC / --ºC Dólar - Euro

ÚltimaHora

Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

Maniqueísmo

Comentários: 0
publicado em 11/03/2012 às 15h06

Uma nova termelétrica (investimento de R$ 170 milhões) e seis mil empregos via a Call Center de Campina Grande, estudos para instalação de um parque eólico, o sonhado Centro de Convenções começa a ganhar corpo e forma, 400 novos veículos e reforço no arsenal para a Polícia. Tudo isso foi registrado na semana findada.

Notícias que se desmancharam no ar, tal qual a teoria de Marx. É como se na prática elas não interferissem na vida do povo paraibano, tão carente de boas novas. Mas aonde danado este colunista quer chegar, pergunta já meio invocado o digno leitor aí do seu canto. No canto da razão, somente, respondo com serenidade.

Na Paraíba de hoje, enxergar algo positivo é acinte quando deveria ser obrigação ou torcida sincera para que as coisas desabrochem e andem. Jornalista que identifica um acerto, cidadão que vislumbra esperança e adversário capaz de reconhecer um avanço são estigmatizados, pela ordem, como governista, babaca ou adesista.

Estamos envoltos numa cegueira que torna miragem tudo que não seja o caos pregado ou pretendido. Há ranger de dentes quando alguém, feito eu, comete o ‘disparate’ de comemorar uma semana proativa. Coisa que não me tira pedaço, só me empresta autoridade na hora de criticar os muitos desacertos do atual governo. A coragem que me serve é aquela que, antes de tudo, me faça justo.

Ruim
Coragem pra bradar que o governo tem desempenhos sofríveis na segurança e agricultura, por exemplo, e que tem humilhado flagrantemente prestadores de serviço.

Bom
Coragem pra elogiar programas como o Orçamento Democrático, o Empreender, o Pacto Social, as obras das estradas e a decisão de tocar ações das gestões anteriores.

Conspirações internas e guerra fria
Quando se rumina nos bastidores as origens das principais crises geradas no Governo Maranhão III chega-se ao DNA do fogo amigo e cruzado que incendiava em altas labaredas da Granja ao Centro Administrativo. Mini-grupos se digladiavam, com ou sem o conhecimento do então governador. Não tinha mesmo como terminar bem.

Primeira mão
A revelação do senador Cícero Lucena, na última sexta, de que Ronaldo, do alto de seu delicado estado de saúde, teria pedido voto em seu favor a Cássio, confirmou o que a Coluna antecipou no mesmo dia: é do poeta e ex-governador a digital da reconciliação.

Cisma da militância
À Coluna, até os mais ortodoxos da tese da candidatura própria concordam numa coisa: Luciano Cartaxo só enfrenta resistências porque não construiu relação de identidade partidária. É visto como um petista que sempre pensou primeiro nele e depois nele.

Gesto
O governador Ricardo Coutinho e a pré-candidata do PSB, Estelizabel Bezerra, chegaram no mesmo carro à festa de aniversário da vereadora Sandra Marrocos.

Pacto
Os vereadores Nelson Gomes, Jóia Germano e o suplente em exercício Fabrini Brito fecharam acordo de unidade. A tentativa é garimpar garantia da vice para o PRP.

Revezamento
Na ágora de Sousa surge um fenômeno no clã Gadelha. Os primos André e Leonardo se revezam na tribuna da Assembléia e da Câmara contra o prefeito Fábio Tyrone (PTB).

Por esporte
Demitido do governo e da presidência do PPS, Zé Bernardino passa o dia inteiro nas redes sociais praticando seu mais novo hobby: retuitar matérias contra o governador.

Vácuo
Ciceristas mais ponderados já concordam com observação da Coluna. Falta a Cícero o protagonismo de movimentos pré-campanha típicos de um candidato focado em gestão.

Morgado
Para quem já foi prefeito, é presidente de um grande partido e crítico da atual gestão, o natural seria partir na frente com seminários e fóruns de debates dos gargalos da cidade.

Agora vai
Após a definição das comissões temáticas, o deputado Ruy Carneiro já está com passe livre para ceder vaga ao suplente Major Fábio (DEM), conforme acertado com Cícero.

Pormenores
O tucano e o democrata já discutiram anteriormente os termos da licença. Faltam apenas chegar ao consenso em alguns, porém, preponderantes detalhes. Eu diria: decisivos.

Intercâmbio
O ex-prefeito de Cajazeiras, Carlos Antônio (DEM), vai final do mês a Washington (EUA), onde participa de especialização em gestão pública, presente do seu partido.

A volta
Um ex-secretário da Prefeitura da Capital tem tudo pra voltar ainda na gestão de Agra (abril) ao mesmo cargo ocupado noutro recente governo. Pela cota do próprio prefeito.

PINGO QUENTE“Quem entende de sangue é ele”. Do secretário Lucius Fabiani (Sedurb) revidando críticas do vereador Mangueira, que já trabalhou como açougueiro, segundo a infalível memória do petista.

*Reprodução do Jornal Correio da Paraíba

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

Leia Também