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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

De uns tempos pra cá

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publicado em 14/03/2012 às 10h41

O título da canção do poeta Chico César poderia
simbolizar e demarcar a louvável iniciativa do governador Ricardo Coutinho de criar e emprestar autonomia
financeira à pasta de Cultura. A bela letra do catolaico
não deveria nos remeter aos tempos em que as coisas se
resolviam na base da amizade ou do ajeitado.

Mas, ao que e parece, não é o que infelizmente vem
acontecendo no Mama Mundi da Secult. Agora por exemplo, a Secretaria está pra fechar a lista dos escolhidos a
dedo a ganhar bolsa na Especialização Gestão Cultural,
promovido pelo Minc, em parceria com a Fundação Joaquim Nabuco e Universidade Rural de Pernambuco.

As indicações da Secretaria deveriam ser precedidas de abertura de inscrições e seleção pública a partir
do perfil estipulado pela Fundaj, como fez o governo do
vizinho Pernambuco. Lá, os interessados preencheram
formulários e juntaram currículo, tudo sob a batuta de
uma comissão e como manda o republicanismo pregado
pelo socialismo.

Aqui, a coisa foi na base da Primeira Vista e restrita à Prosa Impúrpura entre Secult e indicados. Não
há notícia de aviso, edital ou anúncio nos classificados.
Mais fechada, só a seleção pra empacotadeira nas Casas
Bahia. Desse jeito, ao ter no futuro suas contas analisadas pelo TCE, Chico pode ouvir um desagradável “respeitem meus cabelos brancos”.

Outro lado – A Coluna tentou insistentemente
manter
contato com o chefe de Gabinete da Secult, Adriana
Uchoa. Ela não atendeu
aos telefonemas e nem retornou às mensagens.

Sem retorno – Contactada, a Assessoria de Imprensa prometeu que os esclarecimentos sobre o curso seriam feitos pelo gerente de promoção de cultura, Raian Lins. Eficou só na promessa.

Despesas e legalidade – A pergunta que se faz é: a Secretaria de Cultura
vai poder pagar com dinheiro do erário e do lascado
contribuinte todas as despesas dos “selecionados”
durante um ano de especialização, sem que a “seleção” tenha obedecido ao mínimo de impessoalidade
e transparência, ditames magnos e regentes da administração pública?

A ‘seleção’ já acabou – Em contato com a Fundaj, a Coluna foi informada que a lista dos indicados da Secult já foi enviada à
Fundação em Pernambuco. Agora, eles (ninguém sabe
quem são, à exceção de servidores da Secretaria) serão
submetidos ao processo de entrevistas.

Fundaj não vê problemas – Informado sobre as queixas, Errisson Dutra, funcionário da Fundaj, disse à Coluna que a Paraíba foi um
dos poucos dos sete Estados beneficiados pelo convênio
a conseguir apresentar candidatos dentro do “perfil padrão”. Só não atendeu ao padrão da isonomia.

Emprego – O ex-senador Wilson
Santiago nega, mas anda
cotado para presidência
da Conab, cujo orçamento
beira os R$ 3 bi. Era só no
que se falava ontem nos
bastidores de Brasília.

Beicinho – Apesar de expressar
falta de apetite, por foro
pessoal ou para evitar
queimação, Santiago tem
sido muito estimulado
por colegas do PMDB e da
bancada paraibana.

Efeito avestruz – Com a decisão do
TCU, que afastou qualquer dano ao erário provocado pela licitação da
SP Alimentação, a bancada da oposição na Câmara da Capital enfiou a
cabeça na areia.

Stand-by – Só o operante vereador
Marcus Vinicius (PSDB)
não se rendeu e nem guardou as armas. “Vamos
aguardar o término da investigação do Ministério
Público Federal”, pontuou.

Passe livre – Quando perguntado
sobre a eleição em João
Pessoa e os convites pra
vice, o presidente da Câmara, Durval Ferreira (PP),
deixa tudo em aberto. “Sou
um soldado do partido”.

Perdas – Além de Nonato Bandeira, o governo sofrerá outro desfalque no prazo de desincompatibilização.Tarcio Pessoa, do Empreender-Paraíba, vai deixar o cargo.

Escalado – Bem avaliado interna
e externamente pelos resultados do programa de
micro-crédito, Tarcio virou opção do governador
para disputar a Prefeitura
de Cuité, sua terra natal.

Triunfo – O vereador Tavinho
Santos (PTB) comemorou
o recuo de Agra no polêmico decreto das multas.
“Eles fizeram pesquisa e
sentiram a reação. A cidade inteira estava revoltada”.

Prego batido – O deputado André
Gadelha (PMDB) já decidiu e fechou com toda a
família. Será mesmo candidato a prefeito de Sousa
e terá o médico José Célio
(PSC) na sua vice.

Tudo em casa – A queda do presidente da CPF, Ricardo Teixeira, parece não intimidar
a manda-chuva Rosilene
Gomes (FPF). “Com José
Maria Marin, meu relacionamento é ainda maior”,
gabou-se.

Pingo Quente

Eu quero é uma mulher que me crie”.

(Do deputado Toinho do Sopão (PTN) revelando que a fila andou e botou novo
tempero na sua vida sentimental, após indigesta separação)

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