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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

Riscos indo e vindo

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publicado em 16/03/2012 às 09h49

Não causaria diminuta surpresa se num belo dia o
presidente da Assembléia, Ricardo Marcelo, anunciasse
rompimento com o governador Ricardo Coutinho. Simples: se jamais adotou comportamento de oposição e nem
obstaculizou os interesses do Executivo, o tucano também
nunca morreu de amores pelo governo.

Os recentes lances servem, porém, para confirmar o
que todos já sabiam: A relação entre o presidente da Casa
e o governador Ricardo nunca foi amistosa ou de parceria,
se resume às formalidades e ao estritamente necessário.
Coisa que até as traças dos arquivos do Memorial do Poder Legislativo estão cansados de saber.

Por isso, os sussurros de muitos deputados nos
bastidores não surpreendem, como não haveria ineditismo
algum se partisse da boca do próprio deputado Ricardo
Marcelo a oficialização do fim de uma convivência, cujo
clima se nivela à frieza da temperatura no Pólo Sul.

Apesar dessa constante guerra fria, ainda duvido
que ambos optem pelo enfrentamento direto. “Donos”
cada qual de um poder, eles sabem: esse é o típico embate
que nunca revela vencedores ao final. No máximo, um
sai perdendo mais que o outro. Qual dos dois vai atirar
primeiro?

Estaleiro – Ricardo Marcelo
(PSDB) recebeu visitas na
sua casa em Camboinha no
alvorecer de ontem. Aos
interlocutores, justificou
ausência da votação por
problemas de saúde.

Calado – O governador Ricardo Coutinho ainda não se
pronunciou sobre os boatos
de articulação silenciosa
contra o governo e suposto
rompimento da parte de
Marcelo com o Palácio.

Pra não dizer que não falei das flores – No direito de resposta encaminhado à Coluna, o secretário de Cultura do Estado, Chico César,
aproveitou para convidar o colunista “a conhecer
outras ações da Secult, a exemplo do lançamento
do Programa de Inclusão Através da Música e das
Artes (Prima), hoje, às 19h, na Fortaleza de Santa
Catarina, em Cabedelo”.

Prêmio Linduarte Noronha – Na missiva, o catolaico auxiliar ricardista ainda
divulgou “a posse do Conselho Estadual de Cultura, dia
22 de março, às 16h, no Teatro Paulo Pontes; o lançamento
da caixa com os oito filmes realizados através do Prêmio
Linduarte Noronha…”.

Cinema e edital do FIC – “… E o lançamento do novo edital de incentivo à
produção cinematográfica, no mês de maio; e ainda o lançamento do novo edital do Fundo de Incentivo a Cultura
Augusto dos Anjos, programado para o mês de maio”,
encerrou a epístola.

Em ação – O ex-senador Wilson
Santiago perdeu o manda-
to, não o prestígio. Ontem,
se reuniu demoradamente
com os caciques Zé Sarney,
Renan Calheiros e Roberto
Requião.

Bombeiro – Desde o começo da
semana, Santiago cumpre
tarefa delegada reservadamente pela presidente
Dilma de, na condição de
ex-líder, ajudar a minimizar
a crise com o PMDB.

Nó da questão – O ex-senador paraibano teorizou sobre o estremecimento do seu partido
com o governo. “A forma
de lidar com a classe política era diferente. A turma
não se adaptou ainda”.

Jeitinho – Em que pese à dificuldade, Wilson Santiago
acredita em reversão do
humor e das insatisfações.
“Mas tem como conciliar.
Conversando e mostrando
outras soluções”.

No privado – À Coluna, Santiago
desconversou sobre especulações do seu nome na
Conab. “Tenho me dedicado aos meus negócios. Esse
cargo é algo que me exigiria
muita dedicação”.

Triangulação – O TJ derrubou liminar que dava ao empresário Mercinho, filho do senador Cícero, a posse de um terreno do Estado, “presente” dado por Maranhão no último dia de 2010.

Vai até o fim – “Ela tem a firmeza
de quem não faz o debate
da água com açúcar”. Do
prefeito Veneziano descartando substituição da
pré-candidatura de Tatiana
Medeiros (PMDB).

Corda bamba – O governo teria “outra” missão para o secretário de Esportes Fábio Maia
(PSB). Em viagem, ninguém
sabe se quando chegar à Paraíba ele vai levar o assunto
na esportiva.

Voto de repúdio – O vereador Zezinho
do Botafogo (PSB) pegou ar
com o deputado Toinho do
Sopão (PTN), que ao Portal
MaisPB insinuou a existência de “vereador com três
namoradas”.

Confessionário – Apesar do repúdio
em público, na intimidade
três vereadores admitiram: “Nesses 14 meses de
mandato, essa foi a única
vez que Toinho disse uma
verdade na Assembleia”.

Pingo Quente

Eu só sei que eu só tenho uma

(Do vereador Geraldo Amorim (PDT) comentando as declarações
de Toinho do Sopão em relação à suposta inclinação bígama de
expoentes da Câmara da Capital)

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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