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Mãe presta queixa contra promotor que quis bater em seu filho

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publicado em 10/11/2014 às 19h02

A funcionária pública, Amanda Dantas, resolveu procurar uma delegacia, nesta segunda-feira (10),  e prestar queixas contra o promotor Valfredo Alves Teixeira. 

O promotor e Amanda ser envolveram em uma discussão no último sábado (8) dentro das dependências do Campestre Clube de Sousa após briga de duas criança de 5 e outra de 7 anos.
Como um dos meninos era filho do promotor, ele se irritou e resolveu tomar satisfação com a Amada, e Rommel, pais do Menor.

Ainda durante a discussão, Valfredo Teixeira, ameaçou bater no filho da funcionária pública.

“Se ele bater no meu filho, como ele fez, eu bato nele, bato no pai dele, bato até na raça todinha”, disparou Valfredo que ameaçou chamar a polícia para resolver o assunto.

O assunto ganhou grande repercussão nas redes sociais. Amanda chego a emitir uma nota oficial comentando o assunto.

Confira a nota 

Quero me utilizar deste espaço para demonstrar minha indignação pelo comportamento do Promotor de Justiça da Paraíba, Valfredo Alves Teixeira, por ter ameaçado agredir meu filho de apenas 6 anos, em decorrência de uma ‘briga entre crianças, MENINOS’ onde os dois filhos do Promotor( em média um de 8 anos e outro de 6) bateram de sandália no meu, no Riachão Campestre Clube de Sousa.

Na ocasião, o citado Promotor se deslocou de sua mesa até a nossa na tentativa de abordar meu filho, quando proferiu ameaças, insultos e, quando nos posicionamos em defesa da criança, ele ordenou que ninguém se retirasse do local, pois ele nos faria uma surpresa e, realmente, o fez. Os sócios, aflitos, correram em nossa direção avisando que o Promotor estaria vindo armado com um facão sob a camisa. Neste momento, ligamos solicitando a diligência da PM, já que aquele representante da Justiça que deveria nos transmitir a sensação de segurança, estaria tocando o terror a todos que usufruíam daquele momento de lazer.

O Promotor, mesmo em nítido estado de embriaguez, abusou da autoridade e ordenou os militares- solicitados por nós- a realizarem revista nos presentes, quando víamos claramente que ele era o único empossado de arma, intimidando a todos. Após confessar, de público, que “bateria na criança, na mãe, no pai e na raça toda” e perceber que estaria sendo filmado, o “civilizado” Promotor, para não usar o termo tresloucado, partiu para extrair o celular do popular que, demonstrando sua indignação, registrava a cena de desequilíbrio e autoritarismo.

O vídeo é uma prova cabal do quão descompensado é este cidadão e de que ele carece de uma punição severa e célere, já que toda a população sousense sabe que ele é reincidente nestes episódios. Como este Promotor interpreta a Lei da Palmada? Qual a sua credibilidade perante a sociedade? São questionamentos que precisam ser respondidos. Afirmo que iremos representa-lo junto ao MP, ao CNJ, ao CNMP, à Corregedoria, ao Conselho Tutelar e a todos os órgãos e esferas possíveis.

Ademais, aguardo o posicionamento dos administradores do Clube, pois antes de ser autoridade, ele é cidadão e sócio como nós somos, não deve adentrar armado no Clube, tão pouco ameaçar um menor incapaz. Precisa ser penalizado como qualquer um outro seria, rigidamente. Peço a todos que compartilhem este repúdio, imaginando que hoje aconteceu com meu filho e amanhã poderá ser com o seu!

Estamos imensamente gratos pelas manifestações de solidariedade!

Já  Associação Paraibana do Ministério Público, através de nota divulgada pelo seu presidente, Francisco Seráphico Ferraz da Nóbrega Filho, esclareceu o incidente e repudiu eventuais ataques pessoais dirigidos ao membro do MP.

Ainda na nota, a associação esclarece que o promotor teria questionado eventuais agressões a seu filho, e que na oportunidade várias pessoas que o cercaram passaram a confrontá-lo, filmando o episódio. A APMP deixa claro que em nenhum momento, Valfredo Teixeira se apresentou como promotor ou quis se prevalecer do cargo.

Confira, na íntegra, a nota da APMP:

NOTA DE ESCLARECIMENTO

A Associação Paraibana do Ministério Público, entidade representativa dos Procuradores e Promotores de Justiça, ativos e aposentados, diante das notícias veiculadas acerca da conduta do associado Valfredo Alves Teixeira, durante incidente ocorrido no Campestre Clube, na cidade de Sousa-PB, vem esclarecer o seguinte:

O vídeo que circula na internet não mostra a origem da discussão entre as partes, apenas registra que o associado Valfredo Alves Teixeira teria questionado eventuais agressões a seu filho, ocasião em que foi cercado por várias pessoas estranhas, que passaram a confrontá-lo e a filmar o episódio, trazendo uma maior tensão ao ambiente.

O associado Valfredo Alves Teixeira, em momento algum, apresentou-se como Promotor de Justiça ou quis se prevalecer do cargo, estando no direito dele, como cidadão, de acionar a polícia, devido ao ambiente criado, com várias pessoas estranhas o cercando, filmando e confrontando, dando a entender, inclusive, que sua incolumidade física estaria em risco, quando imaginou que um dos presentes pudesse estar com uma arma na bolsa, o que provavelmente o levou a essa reação, sem qualquer consequência.

Tamanho o ambiente de animosidade criado que um dos autores da filmagem, não participante da discussão, chega a ameaçá-lo e injuriá-lo no final do vídeo.

Trata-se de episódio isolado, causado pelo tumulto, registrando que associado Valfredo Alves Teixeira sempre prestou relevantes serviços à sociedade local, com atuação diligente na área da infância e juventude.

Assim, vem a APMP – Associação Paraibana do Ministério Público – esclarecer os fatos e repudiar quaisquer ataques pessoais dirigidos ao associado Valfredo Alves Teixeira.

João Pessoa, 09 de novembro de 2014

Francisco Seráphico Ferraz da Nóbrega Filho Presidente da Associação Paraibana do Ministério Público

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