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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

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publicado em 03/04/2012 às 14h10

João Pessoa não pode e nem poderia deixar de ser a menina dos olhos do
governador Ricardo Coutinho. Esta foi a cidade que lhe deu régua e compasso, projeção
e o salto que o levou à carreira política promissora que o catapultou ao píncaro da
hierarquia estadual. Vencer na Capital, portanto, é questão de honra.

Essa obstinação é perfeitamente compreensível. A vitória no seu berço político
exerce forte pedagogia política e garante preservação do domínio na maior cidade do
Estado. Mas na obrigação de ganhar na Capital, Ricardo não pode marginalizar outros
colégios ao terceiro plano na sua estratégia 2012 e 2014.

É certo que ele jogará todas as cartas na eleição de um aliado em João Pessoa.
Foi sua presença na Prefeitura que lhe garantiu a sustança para entrar na disputa pelo
governo com chances de êxito. Entretanto, Ricardo sabe o quanto penou para criar raiz
nas outras cidades, penetração só possível pelas alianças que ousou firmar.

Para voltar a ter palanque e voto no Interior, Ricardo não pode lá na frente se
ver refém de alianças ou do jogo pe$ado de certos prefeitos. E como se livrar dessa
dependência? Priorizando os aliados de primeira hora e investindo, no sentido mais
republicano da palavra, no alicerce de uma base com seu DNA. E pra ele que tem fama
de mão fechada, outra boa razão: sai mais barato.

Origem – Nem os ‘deuses’ indianos serenaram o estilo bateu-levou do governador. Ricardo já
chegou jogando pesado e atribuindo denúncias contra seu governo a certos ‘magnatas’.

Telegrama – “Tem gente que passa de moderninho para privatizar o Estado, mas conosco isso não
dará certo, pois, as maldades estão sendo vencidas”, avisou Ricardo no seu desabafo.

O preço do aluguel das ambulâncias – Ao Correio Debate (Rádio), o secretário de Saúde, Waldson Souza, deu sua versão
sobre denúncia veiculada na imprensa nacional que noticiou o aluguel de 32
ambulâncias por R$ 8,7 milhões, ao ano. Waldson explicou que o valor não se refere
apenas à locação e inclui todo um serviço acoplado ao veículo.

Pacote incluso – O secretário esmiuçou o pacote que inclui os serviços de UTI móvel, com equipamentos
próprios, contrato de manutenção permanente, monitoramento via GPS e garantia de
renovação periódica de carros novos.

Redução de custos – Waldson também defendeu o contrato realizado com a Easy Life Emergência sob o viés
da redução de gastos em comparação com frota própria, por exemplo. A terceirização
promove economia de 13%, pelos cálculos do secretário.

Direta – A deputada Daniella Ribeiro (PP) não mais se permite à dúvida. Quando indagada a
sobre as denúncias contra o irmão (Aguinaldo), ela alveja. “Isso saiu de Campina”.

Instrumentalização – Daniella acusou ontem a secretária Tatiana Medeiros (PMDB) de uso político da
estrutura da Saúde de Campina para se projetar. “A cidade inteira sabe disso”.

Mudança – Em contato com a Coluna, o ex-deputado Walter Brito Neto (PRB) voltou à carga e
defendeu a imediata substituição de Tatiana. “Não podemos perder mais tempo”.

Abaixo do esperado – “Ela já teve a oportunidade e não conseguiu atender a expectativa. Ela só tem 4% do
eleitorado abaixo de 24 anos e uma alta rejeição das mulheres”, analisou Walter Neto.

Teto – “O prefeito tem de 60% de aprovação, o PMDB tem simpatia de 19%. Ela só absorve
11%. Não é só querer ser, tem que ter apelo popular”, fulminou o ex-deputado federal.

Conexão – Há mais conexões entre o badalado advogado Michel Saliba e um magistrado paraibano
que a nossa fértil imaginação possa produzir. Coisa pra árabe nenhum botar defeito…

Afago – O governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, ligou
para o presidente da Assembléia, Ricardo Marcelo (PSDB), no último final de semana.

Investimento – Em abril, empresários chineses desembarcam em Campina Grande, onde pretendem
expandir seus negócios, após entendimento prévio com o prefeito Veneziano Vital.

No cru – Da pré-candidata Estelizabel Bezerra. “Todas as candidaturas que persistirem no
caminho contrário ao que é conduzido pelo PSB, deixam de representar nosso projeto”.

Errata – O diretor do Hospital Infantil de Cajazeiras é Francisco Figueiredo e não Júlio
Bandeira, falecido médico que deu nome à casa de saúde e ressuscitado ontem pela
Coluna.

PINGO QUENTE

A possibilidade de aceitar essa proposta é zero

(Do pré-candidato do PSC, cardiologista Ítalo Kumamoto, matando do coração quem
torce pelo seu nome na vice do deputado Luciano Cartaxo (PT)
)

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