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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

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publicado em 10/04/2012 às 11h25

Passada a fase das turbulências, especialmente registradas no âmbito do PSB, a pré-candidata socialista Estelizabel Bezerra pode respirar oxigênio mais puro. É possível que com o “providencial” estancamento do “Volta Agra” e a saída de Nonato Bandeira da Secom, cargo que lhe oferecia natural projeção midiática, Estelizabel passe a ter campo aberto para deslanchar.

A remoção de Agra eliminou a dúvida entre a militância girassol sobre com qual roupa iria pra festa da eleição deste ano na Capital. Portanto, no âmbito da conjuntura interna do bloco do governador Ricardo, a ex-secretária de Planejamento consegue ultrapassar a fase embrionária e mais crucial de sua candidatura.

Com o caminho mais arejado, apesar da manutenção da pré-candidatura do PPS, Estelizabel terá pista para trabalhar a ampliação do seu arco de alianças e remover pedras de resistência entre aliados, inclusive do seu próprio PSB. Livre das incertezas, ela agora tem como dialogar com partidos e lideranças vendendo certezas.

Além do desembaraço verbal e testado perfil técnico, nessa nova fase de sua pré-campanha, Estelizabel vai poder usar e abusar – no bom sentido – do privilégio de contar ao seu favor com as energias e referendo de significativos cabos eleitorais: Luciano Agra, Ricardo Coutinho e suas respectivas estruturas. Daqui pra frente, só depende dela.

Comando – Estelizabel contacta à Coluna para negar que as articulações em torno de sua pré-candidatura estejam a cargo de Ricardo, como publicado neste espaço no último sábado.

Direto – A socialista ressalta seu diálogo pessoal com o PC do B, PV e PSD e início de conversações com o PRB, que atualmente figura na Frente Partidária de Bandeira.

Receita da definição do vice – Estelizabel também refutou a informação que caberá ao governador a costura e entendimentos para escolha do candidato a vice na chapa do PSB em João Pessoa. “O vice sairá do arco de aliança com uma indicação com base no perfil e da composição complementar à majoritária”, registrou a pré-candidata.

Outra versão – Por outro lado, o coordenador do programa de governo do PSB, Walter Aguiar, endossou a informação inicial da Coluna. “Nós temos um caminho longo que é pra fazer essa interlocução com os partidos que está a cargo do senhor governador”.

Interesse pessoal e natural – De qualquer forma, independente das versões e declarações de Estelizabel e Walter Aguiar, não haverá qualquer demérito caso o governador decida cuidar pessoalmente das alianças para fortalecer o seu partido. Nada mais natural, inclusive.

Fora de cena – Pode ser só coincidência, mas desde que o prefeito Luciano Agra desistiu de desistir de desistir, o vereador Bira (PSB), defensor da volta, deu uma mergulhada estratégica.

Desencanto – Fontes informaram à Coluna: Tão logo soube das mudanças na Secom, a adjunta Lívia Karol, conhecida pela dedicação ao projeto, pediu que esvaziassem suas gavetas.

Filosofando – Sobre sua decisão de deixar o governo, o jornalista Nonato Bandeira (PPS) parafraseou o gênio Chico Buarque. “Nem toda loucura é genial, como nem toda lucidez é velha”.

Desprendimento – Na coletiva concedida à imprensa, Bandeira justificou a “insanidade” em abdicar da pomposa Secom. “Eu não nasci com cargo. Sempre vivi do meu suor no jornalismo”.

Hipérbole – O diretório estadual do PTC tem novo comando na Paraíba. Olívio, ex-assessor do então vereador Fuba, virou presidente do nanico, mas fala no assunto como gente grande.

Dedos cruzados – O deputado Manoel Júnior (PMDB) se esforça para antecipar a entrada em campo. “Fico torcendo para que Maranhão consolide sua candidatura”. Todo mundo acredita.

Regra – O Conselho Universitário proibiu a propaganda em faixas nos muros da UFPB. Toda a mídia dos candidatos à reitoria só pode ser feita em painéis autorizados pelo Consuni.

Desafio – Novo superintendente de A União, o jornalista Fernando Moura tem uma empreitada ousada pela frente. “Vamos levar a palavra da sociedade. Não apenas do governo”.

Linha – “A União tem uma história pluralíssima. É um jornal do Estado e não de governo”. Moura quer voltar A União para o desenvolvimento educacional e cultural da Paraíba.

Urucubaca – Na recepção ao ministro Garibaldi Alves, o prefeito de Mari, Antônio Gomes, foi acionado na delegacia por agressão física e a primeira-dama denunciada por racismo.

PINGO QUENTE

Como é que vocês tiveram tantos votos para dar a esses candidatos?"

(Do ministro Garibaldi Alves, estranhando a prodigiosa presença de deputados e políticos na inauguração da agência do INSS de Mari)
 

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