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DIABETES

Senador Vital do Rêgo Filho defende investimento em pesquisa

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publicado em 14/11/2014 às 07h54

Uma epidemia global de diabetes está em curso. Seus números vêm aumentando até mesmo entre as crianças. No Dia Mundial do Diabetes o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), que é membro da Subcomissão Permanente de Promoção, Acompanhamento e Defesa da Saúde CASSAUDE, reafirma seu apoio a campanha do Dia Mundial do Diabetes que tem o objetivo de fazer as pessoas pensarem nessa doença, que pode não apresentar sintomas por anos após a sua instalação. Vital defende investimento em pesquisa para combater diabetes.

Segundo o parlamentar, que também é médico por esse motivo, cerca de metade dos diabéticos não sabe que tem a doença. Recomenda-se que todas as pessoas com mais de 45 anos façam pelo menos um exame de glicemia a cada três anos. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem evitar graves consequências à saúde.

Vital alerta que de acordo com as estatísticas da IDF (International Diabetes Federation), houve um grande crescimento no número de casos de diabetes tipo 2 em todo o mundo. Em 1985, era estimado haver 30 milhões de pessoas com diabetes. Em 1995, esse número já ultrapassava os 150 milhões. De acordo com a IDF, atualmente o número já supera os 250 milhões. Se nenhuma atitude eficiente de prevenção for feita, a IDF estima que o número total de pessoas com diabetes em 2025 alcançará os 380 milhões. Já o diabetes tipo 1 não pode ser prevenido. Mesmo assim, a cada ano aumentam os casos registrados.

Uma alimentação saudável, a prática regular de exercícios físicos e a educação em diabetes são os pilares de um tratamento de sucesso assegura Vital do Rêgo, e podem reduzir muito o risco de complicações pela doença. Então, vamos falar um pouco sobre cada uma dessas atitudes, tão importantes para atingir bons resultados.

Alimentação saudável

As recomendações nutricionais para os diabéticos são semelhantes àquelas da população geral. A ingestão calórica diária deve ser individualizada, de acordo com a necessidade de perda de peso, garante o peemedebista.

Quanto à composição da dieta, o consumo moderado de carboidratos é permitido. Apesar de contribuírem para o aumento dos níveis glicêmicos, fornecem energia, fibras, vitaminas e minerais, além de serem agradáveis ao paladar.

Deve-se dar preferência a alimentos com maior teor de fibras, que retardam a absorção da glicose pelo organismo. As principais fontes de fibras são frutas, legumes, verduras, farelo de aveia e de cevada, semente de linhaça e leguminosas. Mesmo esses alimentos devem ser consumidos com moderação, pois muitos também são fontes de carboidratos.

“O consumo de ômega-3 pode melhorar a resistência à insulina, favorecendo o controle do diabetes. Portanto, recomenda-se o consumo de duas a três porções de peixes (com exceção de filés fritos) por semana”, afirmou o senador, destacando ainda que o consumo de gorduras saturadas – provenientes de carnes gordas, manteiga, óleos de coco e dendê, leite integral e embutidos em geral – deve ser controlado, assim como o de gorduras trans encontradas em frituras, bolos e tortas industrializados, pipocas de micro-ondas, sorvetes de massa, biscoitos salgados e recheados.

Quanto às proteínas, preferir carnes magras, soja, leite, queijos e iogurtes com baixo teor de gordura. O uso de adoçantes é seguro, e proporciona a redução do consumo diário de açúcares.

Vital recentemente solicitou ao Ministério da Saúde (MS) a inclusão da Paraíba no rol dos estados da federação que geraram uma coleta de dados para a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), estudo realizado pelo MS em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa, que é baseada em exames laboratoriais para avaliar a saúde da população brasileira, e mapeou diversas doenças e fatores de risco à saúde, como hipertensão, diabetes e a obesidade. O senador revelou haver no Brasil preconceito em relação ao tratamento clínico do diabetes tipo 2, que é baseado no uso de insulina. Na sua opinião, o tratamento clínico, quando bem feito, apresenta bons resultados, mas pode tornar-se ineficiente ao longo dos anos. Por esse motivo, ele defende investimentos em pesquisas sobre cirurgias que fazem modificação no tubo digestivo e estimulam a produção de insulina.

As análises desta pesquisa visam diagnosticar se a pessoa tem diabetes, anemia falciforme além de analisar percentuais de creatinina, potássio e sódio – indicadores que podem revelar eventuais problemas de saúde do paciente. Se os resultados dos exames indicarem algum problema de saúde, o entrevistado é encaminhado a uma unidade de saúde para receber acompanhamento médico.

Educação em diabetes

O conhecimento da doença é essencial segundo Vital para o tratamento efetivo do diabetes, pois quando conhecemos o inimigo fica mais fácil de escolher as armas para a batalha. Tanto o paciente como a família precisam ser informados sobre a importância de adquirir hábitos saudáveis no dia a dia, e de excluir outros que podem ser prejudiciais, já que deverão ser mantidos por toda a vida. É importante salientar que esses cuidados não são diferentes daqueles recomendados para a população geral, independentemente da presença do diabetes. Tanto o monitoramento das glicemias como o uso correto dos medicamentos são de extrema importância para os portadores da doença. A educação em diabetes permite aos pacientes tomar decisões que levem a bons resultados no controle da doença, pois as atitudes tomadas no dia a dia definem o controle a longo prazo e são de extrema importância para a prevenção de complicações.

Assessoria

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