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Prefeituras, Estado: vamos juntos planejar?

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publicado em 05/11/2012 às 11h23

Não entendam, nem o Estado nem as Prefeituras, que insinuemos não existir planejamento em suas respectivas esferas governamentais. Se os prefeitos ainda em exercício já o tem feito, os recém-eleitos também o propalavam desde a campanha eleitoral e agora bem mais o enfatiza. Cada um, porém, isoladamente, sem considerar a necessidade de integração desse seu específico planejamento minimamente aos dos municípios circunvizinhos e especialmente com o planejamento do Governo do Estado.

Aliás, entendemos ser a maior responsabilidade, nesse sentido, a do Governo do Estado, que, conforme noticiário recentemente veiculado, já reuniu, no Palácio da Redenção, cerca de 52 prefeitos recém-eleitos, auscultando suas demandas. Mas, reuniões assim não correspondem às efetivas ações de planejamento que o Estado e as Prefeituras precisam elaborar, em cujo processo entendemos ser necessário, indispensável mesma, a participação do Governo Federal através especialmente do Ministério das Cidades, caracterizando, dessa forma, um planejamento integrado, que ofereça respostas para a harmonização do desenvolvimento.

Só assim, integrados, o Estado e os Municípios responderão a perguntas como: – qual a cidade que queremos? Em função das cidades que queremos alcançar, qual o Estado que devemos estruturar e dar suporte a estas cidades? Vale a pena, em termos de qualidade de vida, debruçarmo-nos a preparar João Pessoa para uma cidade de um milhão de habitantes e querermos transformá-la em um “paraíso”, se suas circunvizinhas não acompanharem o mesmo ritmo de desenvolvimento? Até quando se manteria como “paraíso”?

Sabemos que há ações pelas quais não se pode esperar. Cada novo prefeito, tão logo assuma suas funções em janeiro vindouro, vai querer dar resposta imediata a tais demandas. Entretanto, sem que haja, paralelamente, um trabalho de planejamento para médio e longo prazos, não iremos a lugar algum… no máximo vamos dizer que crescemos, sem que o seja no tamanho das novas demandas que vão surgindo, mesmo porque se esse crescimento não for regionalmente bem distribuído, a cidade foco do crescimento explode como receptiva da natural onda migratória. E aí estarão novas favelas, novas pessoas embaixo de viadutos, novos desempregados…

Ou nos planejamos integradamente, juntando Municípios, Estado e também o Governo Federal… ou o máximo que vamos legar às futuras gerações são cidades desorganizadas, desestruturadas e sem qualidade de vida. Só integradamente resolveremos esse deplorável problema do acesso e da escuridão para o Aeroporto Castro Pinto, por exemplo!

 

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