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‘Popeye’ do braço de ferro tem 44 cm de antebraço por problema genético

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publicado em 15/09/2012 às 12h09

O Mundial de Luta de Braço, que este ano está sendo realizado na cidade paulista de São Vicente, é por definição uma reunião de braços musculosos. Um atleta alemão se destaca dos outros. Mas, em vez dos bíceps, é pela mão e o antebraço avantajados que claramente o tornam uma versão moderna do personagem Popeye – ou de Hellboy, para quem preferir.

Matthias Schlitte, 25 anos, circula pelo evento com um casaco de mangas longas. Mas nem assim é possível esconder os atributos. O mais curioso, no entanto, é que apenas os membros da mão direita são maiores que o normal, inclusive bem maiores que os de seu lado esquerdo. Isso ocorreu por uma condição genética que desenvolveu mais estas duas regiões de seu corpo, e acabaram de certa forma beneficiando o alemão em sua carreira no “braço de ferro”.

“Meu braço direito é ‘um pouco’ maior que o meu esquerdo”, diz Schlitte, que ostenta impressionantes 44 cm de antebraço – o que deve fazer inveja a muitos fanáticos por academia. “É um problema genético. A parte direita do meu corpo tem ossos maiores que a do lado esquerdo. Minha vida toda eu carreguei esse peso extra deste lado, o que também gerou um desenvolvimento muscular maior.”

De acordo com ele, a condição é tão rara que apenas 1 em 40 milhões de pessoas nascem assim. Seu antebraço, por exemplo, é três vezes maior no lado direito em relação ao esquerdo. Apesar de ter uma aparente vantagem para competir com a mão direita, Schlitte descarta favoritismo.

“Eu sempre digo: não é porque você tem 2,10 m de altura que você será um craque no basquete. Eu ainda sou jovem, estou subindo passo a passo na luta de braço. Espero terminar entre os seis primeiros, e um ouro seria um sonho”, afirma ele. “Sem técnica e treinos, um braço grande não adianta nada para competir.”

O atleta alemão admite que já ouviu muitas piadas com seu corpo, tanto que seu apelido é Hellboy, tal qual o personagem dos quadrinhos, que tem um braço de pedra.

“As pessoas sempre querem tirar fotos comigo, mas são muito respeitosas. Encaro mais como uma admiração. Se for legal para divulgar o esporte, eu não ligo”, conta ele, que já foi destaque em programas de TV, inclusive no canal Discovery, que mostrou seu problema genético.

UOL

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