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Ainda Sydney Sanches & Ariano

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publicado em 29/04/2013 às 14h42

 Na segunda-feira, 22 de abril, o jornal Correio da Paraíba publicou artigo de nossa autoria em que nos reportamos a “Sydney Sanches & Ariano” – Ariano Suassuna, claro.

O mesmo artigo também foi veiculado no portal MaisPB, cujos espaços gentilmente nos são cedidos por seu diretor, jornalista Heron Cid. E, face àqueles
escritos em que exaltamos, em seus 80 anos de idade, a jovialidade e competência o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, jurista Sydney Sanches, em especial o bom humor com que faz suas exposições (a exemplo da que fez no sábado, 20 de abril, encerrando o 18º Congresso sobre Responsabilidade Civil e Direito Aplicado ao Transporte Terrestre de Passageiros, realizado em São Roque/SP), comparamo-lo com
um outro mestre, Ariano Suassuna.

Naquele artigo havíamos contado que Sydney Sanches contara que, certa vez, quando ainda presidente do STF, observou que, em plena sessão, estava, no auditório, um cidadão literalmente dormindo! Chamou um “capinha” (um daqueles auxiliares do Plenário), de nome Nilton, e orientou que, discretamente, acordasse aquele cidadão e lhe dissesse que não podia dormir naquele ambiente. O “capinha” voltou ao presidente e foi dizendo: “Ele reclamou por que só se está acordando ele, e não, também, aquele ministro do próprio STF?!…”.

Com histórias como esta, contadas por Sydney Sanches, ao estilo Ariano Suassuna, deste logo nos lembramos e em particular do que ele – Ariano – contou
quando de sua mais recente palestra, realizada na Estação Cabo Branco. Ele dissera que certa vez foi “barrado” no Palácio do Governo da Paraíba porque estava sem gravata. E aí ele advertiu o funcionário: “Quer dizer que eu não entro porque estou sem gravata!.

Pois, saiba que eu já entrei, aqui, nu!…” (Foi exatamente nesse Palácio, Palácio da
Redenção, que Ariano nasceu, quando seu pai, João Suassuna, era presidente da Paraíba
– antiga denominação atribuída ao hoje cargo de governador).

Entretanto, destes dois mestres tivemos a oportunidade de ouvir outras bem humoradas histórias. Da parte de Sydney Sanches, naquele mesmo 18º Congresso,
evento que anualmente é realizado graças a uma parceria do SETPESP (Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Paulo) e APM (Associação Paulista de Magistrados), foi contado que uma outra vez, também quando se encontrava como presidente do STF, lá estava (e neste 18º Congresso também estava, bem ao lado do próprio Sydney) o ministro Marco Aurélio Mello falando ao microfone e esquecera de desligar ou deixar no módulo silencioso o telefone celular. E aí o telefone de Marco Aurélio tocou com o tom/som de sua paixão futebolística: “Uma vez Flamengo, sempre
Flamengo/ Flamengo sempre até morrer!…”. E Marco Aurélio, com o balançar de cabeça e um “sorriso maroto”, confirmou que tal acontecera – claro!

Já da parte de Ariano Suassuna, por ocasião da mesma palestra na Estação Cabo Branco, após referir-se à precariedade dos sistemas que deveriam recuperar os cidadãos (socialmente e na saúde), disse que se lembrara de uma passagem envolvendo “dois
doidos”, eles internamente “passeando para o banho de sol” e a cada vez cruzando um com o outro, até que um deles disse: “Eu sou Napoleão Bonaparte!”. O outro, surpreso, perguntou: “Quem você é?!…”. O primeiro reiterou: “Sou Napoleão Bonaparte!”. E o segundo questionou: “Quem lhe disse isso?!…”. O primeiro respondeu: “Jesus”. Aí o segundo com mais surpresa questionou: “Eu?!…”.

Como afirmamos no artigo anterior, só os grandes, como Sydney Sanches e Ariano Suassuna, conseguem alcançar e preservar tamanha jovialidade e excepcional humor como octagenários! Jovens octagenários!

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