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Paraíba lidera empregos no Nordeste

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publicado em 26/01/2013 às 12h12

 A Paraíba gerou 18.680 empregos no ano passado e elevou em 5,31% o número total de empregos formais, ocupando a liderança entre os estados do Nordeste, cuja média foi de 3,15%. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que foi divulgado ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Apesar do dado positivo, o comparativo em relação a 2011 revela uma queda de 7,86% no número de postos criados, pois naquele ano foram gerados 20.273 empregos na Paraíba. Um dos fatores para a redução foi o mau desempenho do setor agropecuário, que teve um saldo negativo de 2.184 trabalhadores no ano passado, entre contratações e demissões, por causa do longo período de estiagem no Estado.

Com 10.230 empregos, o segmento de serviços foi o responsável pela geração do maior número de oportunidades na Paraíba, registrando um crescimento de 51,33% em relação a 2011. Em seguida, aparece o setor da construção civil (4.894), comércio (3.426), indústria de transformação (2.024), administração pública (203), serviços industriais de utilidade pública (55) e extrativa mineral (32).

Considerando apenas o mês de dezembro, todos os estados brasileiros registraram um saldo negativo entre trabalhadores admitidos e desligados. Na Paraíba, foram 10.182 demissões e 9.255 admissões, resultando em um saldo negativo de 927 empregos. O desempenho, no entanto, foi o melhor do País, pois o Estado teve uma variação relativa de -0,25%, que foi a menor entre todos os estados. Entre os municípios paraibanos, apenas João Pessoa, Patos e Solânea fecharam dezembro com um saldo positivo na geração de empregos, com 125, 25 e duas vagas, respectivamente.

Seca – O setor agropecuário fechou o ano de 2011 com um saldo de 303 postos de trabalho, mas a seca que vem assolando o Estado desde o ano passado foi o fator decisivo para que o segmento fechasse 2012 com um déficit de 2.184 empregos. De acordo com Domingos Lelis, assessor técnico da Federação da Agricultura e Pecuária da Paraíba (Faepa-PB), a estiagem prejudicou principalmente a produção de leite do Estado.

“Para se ter ideia, o Programa do Leite (Governo Estadual) produzia 120 mil litros por dia em 2011 e, no final do ano passado, chegou a produzir 8 mil litros diariamente. Se a produção cai, a geração de empregos é afetada substancialmente, principalmente na pecuária do leite, que é uma das atividades mais importantes da Paraíba”, avaliou.

Brasil – O Brasil criou 1,3 milhão de novos postos de trabalho com carteira assinada no ano passado, o menor saldo desde 2009, considerando a série histórica com ajustes.

O resultado é 33% inferior do que o verificado em 2011, quando foram gerados 1,9 milhão de empregos. O salário médio dos trabalhadores brasileiros em 2012, em contraponto, foi 4,69% mais alto do que em 2011. Em média, no ano passado, os salários chegaram a R$ 1.011,77, no ano anterior, os rendimentos somavam R$ 966,45.

Jornal Correio da Paraíba 

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