Uma das qualidades que diferenciam, pra melhor, o governador Ricardo Coutinho de muitos dos seus antecessores está no critério da formação de seu corpo de auxiliares. Das vezes que passou no Executivo, o socialista manteve a linha de experimentar quem pouquíssimos governadores ousariam apostar uma ficha sequer.

Pra comandar a difícil e complexa pasta da Saúde em substituição ao primeiro e demissionário secretário, Ricardo contrariou toda a lógica e nomeou um odontólogo praticamente desconhecido. Deu régua, compasso e o operoso Waldson Souza pegou os instrumentos e vem desenhando, com habilidade, uma atuação de resultados.

Na Educação, Ricardo fez vários experimentos, mas terminou dando a chance a professora Márcia Lucena, técnica respeitada, mas fora do circuito das figuras carimbadas da área. O mesmo Ricardo botou no colo do jovem Tibério Limeira, ex-coordenador do Orçamento Democrático de João Pessoa, a Secretaria de Esportes.

Tatiana Domiciano, testada na Sudema, ganhou a confiança na Secom, e agora comanda a Cinep. Nézia Gomes, ex-chefe de gabinete da Secom, agora pilota a Secretaria das Mulheres, política pública que ela milita com competência, apesar da juventude. Estela Bezerra e Livânia Farias são também frutos do estilo Ricardo, ainda na Prefeitura. Ruth Avelino se revelou gestora articulada e proativa na PBtur.

De corregedor do Detran, o destemido delegado Válber Virgolino recebeu passe livre e botou moral na Administração Penitenciária. Wilbur Jácome se destaca na Companhia Docas. Enfim, a lista é extensa e, salvo as exceções, com ela Ricardo prova que nem sempre currículo é sinônimo de competência.

*Reprodução do Correio da Paraíba, edição do dia 13/08/2013 (terça)
 

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