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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

Sintomático

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publicado em 23/08/2013 às 17h17

Ivandro é sinônimo de serenidade no clã Cunha Lima. Pacifista, foi agente ponderado e, segundo consta, até trabalhou, em vão, para evitar o famoso racha de 1998 entre o grupo e o então governador José Maranhão. Essas e outras características fazem do veterano uma voz respeitada, ouvida e dotada de credibilidade na família.

Por isso mesmo, merece registro a entrevista concedida pelo ex-senador ao repórter Carlos Sousa, da Correio 98 Fm, de Campina Grande. Questionado pelo arguto jornalista sobre os rumores em torno de uma candidatura do senador Cássio Cunha Lima ao Governo, ‘doutor’ Ivandro deixou nas entrelinhas pistas que ouriçam ainda mais seguidores e correligionários do tucano.

Na resposta, Ivandro começa revelando um sentimento de “expectativa”, palavra geralmente usada para avaliar temas e assuntos cujo desfecho ainda é desconhecido. Do contrário, teria sido logo direto e respondido na bucha que o apoio à renovação da aliança está fechado, sem margem para outra perspectiva diferente.

Mencionou discretamente o compromisso de Cássio com o governador Ricardo Coutinho para em seguida soltar uma frase enigmática: “Cássio está calado”. Acrescentou que o ex-governador está traçando planos para 2014, discutindo e conversando acerca de uma decisão que será adiada e tomada só no próximo ano.

“Só depende dele?”, inquiriu Carlos Sousa: “Dele e do partido”, respondeu Ivandro. O repórter insistiu perguntando se Cássio resistiria ao apelo popular. “Eu sou tio dele e eu não gostaria de fazer essa avaliação agora, me desculpe”, saiu-se laconicamente, evitando responder pelo sobrinho. Falou pouco, mas disse muito.

*Reprodução do Correio da Paraíba, edição do dia 23/08/2013 (sexta-feira)

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