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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

Ônus

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publicado em 26/08/2013 às 17h35

À primeira vista, tomando por empréstimo título de famosa canção do paraibano Chico César, o ex-prefeito Veneziano Vital do Rêgo seria o grande prejudicado com eventual rompimento entre o senador Cássio Cunha Lima e o governador Ricardo Coutinho. O racha desfocaria os holofotes da oposição para o tucano e o peemedebista até correria o risco de perder a hegemonia no bloco para Cássio.

Na tese de Veneziano, a interpretação é diferente. Prejuízo só para o governador Ricardo Coutinho, que perderia o cabo eleitoral e aliado mais que decisivo de 2010 e ainda teria o ônus de ver sua “candidatura desnutrida quase à morte”.

Por esta leitura, o território eleitoral de Campina Grande se partiria em votos para as duas postulações com DNA campinense, enquanto uma sonhada composição com o PT e o PEN lhe renderia força para dividir a votação em João Pessoa, onde, segundo analisam, Cássio tem históricas dificuldades de penetração.

No Interior, onde o PMDB, tradicionalmente, dispõe de razoável aceitação e capilaridade, disputaria “pau a pau” com Cássio em votos e carisma pessoal, projeta Veneziano na intimidade. A candidatura tucana, raciocina, provocaria um embate pessoal entre Ricardo e os Cunha Lima, o que, na avaliação dos Vital, deixaria Veneziano fora do foco e livre para voar.

Por esses e outros aspectos práticos e conjuntura, os Vital calculam mais ou menos assim: a divisão equilibraria o jogo e abriria espaço para uma polarização entre eles e os Cunha Lima, reduzindo o tamanho do socialista. Uma ótica que subestima demais o poder de reação de Ricardo, que se agiganta na adversidade.

*Reprodução do Correio da Paraíba, edição do dia 24/08/2013 (sábado)

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