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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

Oba-oba

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publicado em 01/09/2013 às 16h45

Por inocência, encenação ou excesso de euforia, tem muita gente entendida da política paraibana exagerando na dose quando trata o potencial eleitoral do governador Ricardo Coutinho com desdém. Nem o socialista está morto e nem muito menos a oposição está eleita. Tem muita estrada nessa caminhada ainda.

Mesmo, imaginemos, num eventual cenário totalmente desfavorável, Ricardo Coutinho será um osso duro de roer. E engana-se quem pensa o contrário. Coutinho enfrenta, de fato, muita resistência em setores com poder de fogo junto ao eleitorado, mas terá, por outro lado, forte cabedal de ações a mostrar no discurso e guia eleitoral.

Pode não ser o suficiente, até porque milito na ala minoritária dos que acham que só obra, cal e pedra não resolvem eleição num Estado como a Paraíba, porém, a fama de trabalhador, operoso e corajoso, nem a típica cara amarrada e nem os adversários lhes tiram, atributos que serão postos à avaliação do eleitor nas urnas.

Ao invés de pecar pelo excesso de otimismo, erro que às vezes cega o sujeito e subestima o adversário, a oposição ao governador deve se preocupar em construir junto aos organismos sociais, universidades, setores produtivos e direto na fonte do povo uma proposta capaz de sensibilizar e se sobrepor ao saldo da gestão ricardista.

Como todo governo, o de Ricardo tem seus defeitos, porém, inegavelmente, também tem suas qualidades e notáveis avanços. Para derrotar o governador nas urnas e apeá-lo do poder, os adversários precisarão convencer a opinião pública de que entre erros e acertos da atual gestão a balança da avaliação pende mais as falhas. Só dizer que ele é abusado e pouco afável não pesa muito.

*Artigo reproduzido da coluna do Correio da Paraíba, edição de sábado 31/08/2013.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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